sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Espiritirinha... O alivio da prece

Empatia, flexibilidade, cooperação: pesquisa de Harvard explica por que habilidades sociais ganham força no mercado de trabalho

Paula Adamo Idoeta
Da BBC Brasil em São Paulo


A automação "engole" empregos ao redor do mundo, mas ainda está distante de substituir trabalhadores que combinem diversas habilidades complementares entre si - em especial habilidades sociais, como a capacidade de escutar e de trabalhar eficientemente em equipe.
A explicação é do pesquisador David Deming, professor de Políticas Públicas, Educação e Economia na Universidade Harvard e autor de um estudo chamado A crescente importância de habilidades sociais no mercado de trabalho, publicado em maio.
Na pesquisa, que compila dados do mercado de trabalho dos EUA entre 1980 e 2012, ele nota um aumento na oferta de empregos para funções que requerem alto grau de interação humana, como gerentes, professores, enfermeiros, médicos e advogados.
Enquanto isso, empregos puramente técnicos e de baixa interação humana, ocupados por exemplo por matemáticos e engenheiros, representam parcela menor do total da mão de obra americana.
O mais expressivo crescimento de empregos - e salários - ocorreu, segundo Deming, em funções que exigem tanto conhecimentos matemáticos/técnicos quanto habilidades sociais. Para muitos desses empregos, a tecnologia se torna algo complementar, que ajuda o trabalhador a aumentar sua produtividade, em vez de substituí-lo.
"Empregos com salários melhores cada vez mais exigem habilidades sociais", argumenta Deming. "A interação social se mostrou - ao menos até o momento - difícil de ser automatizada."
Em entrevista por telefone à BBC Brasil, o pesquisador fala sobre a importância de essas habilidades serem praticadas pelos profissionais e incorporadas aos sistemas de ensino.
BBC Brasil - Você menciona em seu estudo empregos tradicionalmente "analógicos" - como de advogados, professores, enfermeiros, médicos - em que os salários têm crescido nos EUA. Há uma crescente importância deles, mesmo na era da tecnologia?
David Deming - As pessoas costumam focar em empregos tecnológicos porque é onde está a inovação e onde há funções que não existiam antes - é algo novo e empolgante. Mas ainda são uma parcela pequena dos empregos americanos e estão fortemente concentrados em alguns lugares.
Mas todos precisamos de médicos, advogados e etc. Então quando você observa o crescimento do mercado de trabalho americano, eles ficam com a maior parcela.
A outra coisa é que empregos relacionados à informática são os únicos empregos que estão crescendo dentro da categoria STEM (sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática). Essas ocupações estão, na verdade, encolhendo (percentualmente em relação ao total de empregos nos EUA).
Acho que o motivo disso é que novas tecnologias automatizam empregos técnicos que não requerem muita interação social.
Há muitas habilidades que são difíceis para as pessoas, mas fáceis para máquinas. E há muitas habilidades que são difíceis para máquinas, mas fáceis para as pessoas.
Tendemos a pensar na habilidade de fazer cálculos, por exemplo, como um indicativo de que uma pessoa é inteligente e apta à universidade. Mas isso é algo trivial (para um computador). Em contrapartida, a habilidade de ter uma conversa não estruturada de dois minutos com outra pessoa é algo que quase qualquer pessoa pode fazer, mas é muito difícil criar um programa de computador capaz de fazê-lo.
Há uma diferença entre o que achamos que é técnico e difícil e o que de fato é difícil de ser automatizado.
Por isso, há mais automatização, por exemplo, do trabalho de engenheiros do que do de médicos ou economistas.
BBC Brasil - Aí que as habilidades sociais se tornam mais importantes.
Deming - Sim, é o que eu defendo no meu trabalho com os dados que analisei.
BBC Brasil - Quais habilidades sociais você considera mais importantes?
Deming - Depende de o que você chama de habilidades sociais. Para mim, não necessariamente significa ser cortês, de boas maneiras. É parte disso - pessoas extrovertidas, boas em "conversas de happy hour", provavelmente têm também boas habilidades sociais. Mas vejo como sendo mais uma questão de produção no ambiente de trabalho.
Muitos empregos requerem que você combine diversos "inputs", de pessoas e máquinas, para produzir algo. Se você é um consultor ou desenvolvedor de software, por exemplo, muitas vezes trabalha com uma grande equipe - e a habilidade-chave aí é trabalhar com diferentes pessoas fazendo coisas diferentes, combinando as atividades delas com as suas de modo produtivo.
Então, há pessoas que não são necessariamente extrovertidas, talvez até sejam reservadas, mas que são boas em entender os demais e fazer parte de um grupo.
E conheço pessoas, e tenho certeza de que você conhece também, que são extrovertidas, falantes, mas não necessariamente ouvem os demais e fazem o que querem - e são ruins em trabalho em equipe.
O que estou tentando dizer é que penso em termos de habilidade de trabalhar em equipe.
BBC Brasil - Mesmo com o avanço tecnológico, a ideia é que trabalhadores com habilidades sociais desenvolvidas não serão substituídos?
Deming - Sim. Uma das coisas que aprendemos sobre como as mudanças tecnológicas afetam o mercado de trabalho é que as pessoas tendem a focar muito na substituição de pessoas por máquinas, mas não costumam ver que se a tecnologia não te substitui, ela tende a te tornar mais valioso ou produtivo.
O fato de que haja um software que permita a mim, um professor, analisar uma base de dados com rapidez me faz economizar tempo - isso não substituiu o meu trabalho ou me deixou obsoleto, apenas me tornou mais produtivo, porque me permitiu dedicar mais tempo a escrever, por exemplo.
A mensagem é: se você tem esse tipo de trabalho, em que tem de fazer tarefas analíticas mas também trabalhar com outras pessoas, as máquinas vão te tornar ainda mais valioso - porque se você é bom nas tarefas analíticas, você conseguirá usar as máquinas (que automatizarão essas tarefas) para aumentar sua produtividade e não ser substituído.
BBC Brasil - Então se você fosse aconselhar um trabalhador que teme ser substituído pela tecnologia, será que é encontrar funções em que a tecnologia o ajude a ser mais eficiente?
Deming - Isso. A vantagem que as pessoas têm sobre a tecnologia é que são flexíveis: podem dedicar seu tempo a diferentes tarefas, podem liderar uma equipe.
As máquinas não são flexíveis assim. Se você quer proteger sua carreira do (desenvolvimento tecnológico) futuro, você deve escolher habilidades e capacidades que sejam complementares entre si e não necessariamente diretamente relacionadas.
Por exemplo, você é bom em trabalho em equipe e em codificação. Não haverá num futuro próximo nenhuma máquina capaz de fazer essas duas coisas juntas. A mensagem é: não seja um pônei de um único truque. É uma expressão americana que quer dizer não seja bom em apenas uma coisa, seja bom em várias.
BBC Brasil - E como uma pessoa pode melhorar suas habilidades sociais?
Deming - Não sei se tenho a resposta a essa pergunta com rigor acadêmico, porque parte da motivação desse projeto é colocar o assunto em pauta. Ou seja, ainda há muito trabalho a ser feito a respeito de como medir e melhorar essas habilidades.
Mas minha intuição é de que é parecido ao que as pessoas pensam do QI - alguns nascem com mais que os outros, mas esses ainda podem praticar e melhorar.
Alguns têm alto QI, outros têm baixo, mas o QI não é um indicativo perfeito do seu desempenho escolar, porque você pode estudar mais, dar mais valor e se esforçar (para compensar a deficiência).
Você pode melhorar suas habilidades sociais com prática, e não apenas em conversas de happy hour, mas em colocar-se na posição dos outros. Tente imaginar a conversa sob a perspectiva do outro, e não só da sua.
É algo que não fazemos muito nas salas de aula. Mas pense que, em uma aula de Humanas, ao ler um romance, você está tendo acesso a uma história sendo apresentada de múltiplas perspectivas. Ou, na aula de História, você pode analisar um fato histórico sob a perspectiva de diferentes grupos. E isso é muito importante.
BBC Brasil - Um relatório recente da OCDE sobre habilidades para o futuro defende que os trabalhadores precisam tanto de conhecimento de linguagem e numérico como habilidades sociais e de resolver problemas. Você concorda com a ideia de que linguagem e números continuam sendo muito importantes?
Deming - Sim. A questão é que eles não bastam mais por si só. Você precisa ser capaz de fazer diversas coisas diferentes.
BBC Brasil - E qual o papel da educação em preparar as pessoas para o cenário atual?
Deming - Se você perguntar às pessoas o que tentam levar consigo da experiência escolar, certamente dirão que esperam que a escola as prepare para o mundo do trabalho no futuro. Então, temos de nos perguntar: de que formas as escolas são parecidas com o ambiente de trabalho moderno e de que formas elas não são?
Muitas escolas são muito organizadas em torno de um modelo em que o professor tem todo o conhecimento e apresenta-o em um estilo de palestra. O ambiente de trabalho não se parece em nada com isso - é um ambiente fluido, em que trabalhadores são constantemente colocados em equipes para resolver problemas não estruturados, e as pessoas têm papéis múltiplos.
Acho que queremos que nossas escolas repliquem isso - que se pareçam mais com o ambiente de trabalho moderno se querem ensinar as pessoas a serem melhores trabalhadores.
BBC Brasil - Você mencionou mais cedo que ser bom em cálculo tornava uma pessoa apta à universidade. Também precisamos repensar a forma como avaliamos os estudantes?
Deming - Sim, acho. É um exemplo de um entrave para muitos estudantes, que não conseguem (ser bons em cálculo). E há poucos empregos em que você realmente precisa ser bom em cálculo. Seria muito mais importante, no mundo atual, que as pessoas entendessem estatística e probabilidades, por exemplo.
Falando amplamente, acho que os sistemas educacionais, pelo menos nos EUA e provavelmente em outros países, não responderam muito às mudanças no ambiente de trabalho e precisam ser repensados.
É difícil, porque o mercado de trabalho muda constantemente, mas temos de melhorar.
BBC Brasil - Há habilidades que as escolas poderiam simplesmente parar de ensinar, por terem se tornado irrelevantes?
Deming - Não sei se vejo isso dessa forma, porque você frequenta a escola pelo menos até os 18 ou 20 e poucos anos. E você espera estar aprendendo coisas que serão úteis pelas cinco ou seis décadas seguintes da sua vida. É um futuro muito incerto.
Sempre enfrentaremos o desafio de tentar treinar as pessoas para um ambiente do trabalho do futuro. Então acho muito importante que as escolas enfatizem, o máximo possível, o desenvolvimento de habilidades gerais. Não queremos que as escolas ensinem habilidades muito específicas, que podem ser úteis hoje, mas não daqui a dez anos.
Na escola, queremos que as pessoas aprendam a aprender. Trata-se em grande parte de dar às pessoas um kit de ferramentas com as quais elas possam se aperfeiçoar ao longo do tempo.
Tanto que, ainda que apoie a educação vocacional em alguns casos, me preocupa que a educação muito específica se torne menos relevante diante de um futuro incerto.
BBC Brasil - No seu estudo você menciona a importância de intervenções já na primeira infância no que se refere a habilidades sociais. Isso ajudaria a nos tornar melhores pessoas e trabalhadores futuros?
Deming - É um pouco especulativo, mas há boas evidências de que intervenções de alta qualidade feitas no início da nossa vida têm impacto mais longo na vida adulta, tornando-nos mais produtivos.
Uma possível razão disso, em termos de educação, é que se você olha para uma sala de aula de pré-escola, ela se parece mais com o ambiente de trabalho moderno do que, por exemplo, a quarta série. Na pré-escola, você aprende a socializar. A criança não aprende apenas números e letras, mas é colocada em grupos para negociar, compartilhar seus recursos e ocupar diferentes papéis.
Acho que, no meio do caminho, a escola se torna mais formal, para ensinar letras e números - algo importante. Mas o aprendido mais cedo, de como se portar no mundo, também é muito importante.
Talvez nossas salas de aula depois da pré-escola devessem ser mais parecidas com isso.
Notícia publicada na BBC Brasil, em 18 de junho de 2017.

Glória Alves* comenta

O nosso comentário de hoje começa pela afirmação do pesquisador e professor David Deming, em sua entrevista à BBC, dizendo que a automação "engole" empregos ao redor do mundo, mas o professor acrescenta que a automação (ou automatização) “ainda está distante de substituir trabalhadores que combinem diversas habilidades complementares entre si - em especial habilidades sociais, como a capacidade de escutar e de trabalhar eficientemente em equipe”.
Ao nos criar, o Senhor Supremo do Universo depositou em cada um de nós uma centelha de Sua própria essência; “há, nos refolhos da alma, a presença de Deus como luz coagulada, aguardando os estímulos de fora a fim de brilhar com alta potência”.(1)
“Há em nós faculdades que devemos desenvolver, virtudes a serem trabalhadas, e o amor, reflexo da própria Divindade, é a meta a que todos nós devemos dirigir nossos esforços. O amor é a fonte das mais santas e doces virtudes que geram as afeições sinceras e duráveis e ajudam a criatura a transpor o caminho escarpado e árido da existência humana.”(2)
Empatia, flexibilidade, cooperação, capacidade de escutar e de trabalhar eficientemente em equipe são qualidades, habilidades sociais que só o ser humano pode desenvolver, habilidades que nenhuma máquina pode produzir, mesmo com toda a ciência e tecnologia da chamada Quarta Revolução Industrial.
A empatia caracteriza-se pelo sentimento de se colocar no lugar do outro, sentindo e pensando com ele. Nos países de língua inglesa, usa-se muito o termo “colocar os pés nos sapatos dos outros”. A empatia nos leva a desenvolver a compaixão e estender a mão ao outro para ajudar; essa habilidade ao mesmo tempo é uma das funções mais importantes da inteligência, pois demonstra o grau de maturidade do ser.
Já flexibilidade é uma competência em que mostramos estar abertos a mudanças, a novas ideias, trabalhar e contribuir para que tudo dê certo. Muitos de nós, e isso é patente, por acharmos que nossa opinião e nossa ideia é melhor, por nos acharmos mais inteligentes, e que o outro não tem a mesma percepção que temos, criamos no grupo em que estamos inseridos um clima desfavorável, e que pode nos levar a perder a oportunidade do aprendizado.
Cooperar é interagir, é conseguir que os resultados almejados sejam trabalhados em equipe. Em uma sociedade, em um grupo de trabalho, todos fazem parte do todo, e, dessa forma, todos os trabalhadores e todos os setores devem colaborar de forma eficaz para que as metas e objetivos sejam alcançados. Cooperação e comprometimento. A maturidade e a responsabilidade moral do homem medem-se através da maneira como ele se desincumbe dos compromissos que assume; esses são elementos essenciais ao trabalho em grupo.
O homem foi criado para viver em sociedade e à medida que ele se autodescobre mais percebe a necessidade dos relacionamentos sociais, seja para buscar e trocar experiências, seja para contribuir em favor do desenvolvimento do grupo no qual se encontra. A convivência social trabalha nossos sentimentos, estimulando as nossas aptidões para diversos ramos, como a arte, a cultura, a religião, a ciência e a tecnologia.
Em todos os setores humanos, na vida profissional, familiar, religiosa, deve o homem trabalhar para desenvolver a empatia, a flexibilidade e a cooperação, além de outras, úteis para que possamos ter mais sucesso em nossas relações pessoais e profissionais.
As habilidades sociais, como a capacidade de escutar e de trabalhar eficientemente em equipe, ajudam a manter a harmonia e a união no grupo de trabalho; e aqui vale lembrar das tarefas nas quais participamos na Casa Espírita, dos grupos que estamos inseridos.
Allan Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, esclarece sobre as reuniões em geral e as sociedades espíritas, dizendo que “uma reunião é um ser coletivo cujas qualidades e propriedades são a resultante das de seus membros e formam como que um feixe. Ora, este feixe tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for”.(3)
“Em se tratando de Espiritismo, tudo se deve fazer para manter-se um ambiente de compreensão e fraternidade, sem exageros, tocado o possível de alegria e camaradagem. Num ambiente assim arejado, desprovido de tensões, a espiritualidade flui com facilidade e os Espíritos orientadores encontram mais oportunidade de tocar os corações e iluminar as mentes”.(4)
Vale uma boa reflexão!

Referências:

(1) “Plenitude” - Espírito Joanna de Ângelis - Divaldo Franco - Cap. 5 - Cessação do Sofrimento;
(2) “O Evangelho segundo o Espiritismo” - Allan Kardec - Cap. XI - Amar o Próximo como a Si Mesmo, item 9;
(3) “O Livro dos Médiuns” - Capítulo XXIX - Das reuniões e das Sociedades Espíritas, item 331;
(4) “O Centro Espírita” - J. Herculano Pires - Capítulo VII - Disciplina Fraterna.

* Glória Alves nasceu em 1º de agosto de 1956, na cidade do Rio de Janeiro. Bacharel e licenciada em Física. É espírita e trabalhadora do Grupo Espírita Auta de Souza (GEAS). Colaboradora do Espiritismo.net no Serviço de Atendimento Fraterno off-line e estudos das Obras de André Luiz, no Paltalk

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Minha Nada Mole Encarnação - Milagres


LIDANDO COM A SOFRÊNCIA DE CADA DIA


LIDANDO COM PESSOAS DIFÍCEIS


9ª Jornada Médico-Espírita de Campina Grande (JAMEC) - Tema central: "Ciência, Saúde e Espiritualidade"

De 15 a 17 de setembro de 2017 acontecerá no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP) a 9ª Jornada Médico-Espírita de Campina Grande (JAMEC).
O tema central será "Ciência, Saúde e Espiritualidade". Na programação, palestras de Antônia Marilene, Décio Iandoli, Carlos Roberto, Rossandro Klinjei, entre outros. 
A sede da FIEP fica na Rua Manoel Gonçalves Guimarães, 195 - José Pinheiro, Campina Grande/PB. Mais informações podem ser obtidas através dos telefones (83) 3321-2706 e 99971-2241.

2º CONJEBRAS - Congresso Jurídico-Espírita Brasileiro - Tema central : "Dignidade Humana: Valor Universal, Desafio Para o Século XXI"

De 7 a 9 de setembro de 2017 acontecerá na sede da Federação Espírita do Estado de Goiás (FEEGO) o 2º CONJEBRAS - Congresso Jurídico-Espírita Brasileiro.
O tema central é "Dignidade Humana: Valor Universal, Desafio Para o Século XXI". O evento é promovido pela Associação Jurídico-Espírita do Brasil e contará com palestras de Pedro Camilo, Alysson Mascaro, Gilmar Bortolotto, Gabriela Cunha, entre outros.
A sede da FEEGO fica na Rua 1133, 40 - Setor Marista, Goiânia/GO. Mais informações podem ser obtidas em www.ajebrasil.org.br ou através do telefone (62) 3281-0200.


24º Fórum Nacional de Ciência Espírita - Leiria/Portugal

Será realizado nos dias 16 e 17 de setembro de 2017 na Associação Espírita de Leiria o 24º Fórum Nacional de Ciência Espírita.
O tema central é "Os Arquétipos e os Núcleos em Potenciação na Evolução Espiritual". Na programação, palestras de José Rubim, Glaudia Lima, Nuno Cruz, Lutério e Paula Costa.
A Associação Espírita de Leiria fica na Rua Vale das Cervas, 135 - Barosa, Leiria/Portugal. Mais informações podem ser obtidas através dos telefones (351 44) 244 815 934 e 962984388.

Seminário "Todos nós somos dependentes". - São Paulo/SP

Acontecerá nos dias 9 e 10 de setembro de 2017 no Harmonia Eventos o Seminário "Todos nós somos dependentes".
O facilitador será Adão Nonato, que é psicólogo, psicanalista e comunicador da Rádio Boa Nova e TV Mundo Maior.O objetivo do evento é fazer compreender melhor os sentimentos e os caminhos para conquistar uma vida mais equilibrada.
O Harmonia Eventos fica na Rua Antônio Carmado, 743 - Tatuapé, São Paulo/SP. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (11) 2458-3214.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Você pegaria coqueluche por R$ 15 mil?

Michelle Roberts
Editor de Ciência da BBC News

Qual valor o persuadiria a se infectar de propósito com coqueluche para o bem da ciência médica?
Pesquisadores da Universidade de Southampton estão oferecendo £3,526 (cerca de R$ 15 mil) para as pessoas aceitarem o desafio.
Eles querem fazer uma vacina mais eficaz para proteger bebês, crianças e adultos vulneráveis à doença.
Para ajudar, você precisa ter entre 18 e 45 anos, um bom estado de saúde e disposição para viver em uma unidade de isolamento por 17 dias - e cantar.

Gotículas de tosse

A coqueluche é uma doença altamente infecciosa, transmitida através de gotículas de saliva ou tosse de pessoas infectadas, ao serem respiradas por outros.
A equipe de Southampton quer infectar pessoas saudáveis colocando bactérias Bordetella pertussis, causadoras da doença, em seus narizes e acompanhar a recuperação.
Alguns voluntários ficarão doentes, mas os cientistas estão mais interessados naqueles que não desenvolverão qualquer sintoma apesar da exposição à bactéria nas gotas nasais.
Eles estão em busca de transmissores silenciosos e pessoas que são naturalmente imunes à infecção.
Transmissores silenciosos espalham a infecção a outras pessoas mas não ficam doentes. Eles parecem ter imunidade suficiente para combater a doença, mesmo sem ter a vacina.
Algumas pessoas, no entanto, são completamente imunes à infecção. Entender o motivo disso pode ajudar a desenvolver uma vacina mais eficiente.
"Queremos saber o que há de tão especial nessas pessoas e por que não podemos transformá-las em transmissores silenciosos", diz o líder do estudo, professor Robert Read, diretor do Centro de Pesquisa Biomédica NIHR de Southampton.

Infecção proposital

O experimento humano do professor Read é parte de uma pesquisa colaborativa de 24 milhões de libras financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates e pela indústria farmacêutica para desenvolver uma vacina mais avançada.
Read quer 35 voluntários para ajudar seu time nos estágios iniciais da pesquisa.
Uma vez infectados de propósito com a bactéria da coqueluche, esses voluntários compensados financeiramente viverão em isolamento no instituto de pesquisa por 17 dias.
Eles terão um quarto privado com acesso a banheiro, chuveiro e uma área de recreação.
Refeições, bebidas, lanches e entretenimento também serão oferecidos. Os voluntários terão que usar uma máscara quando em contato com visitantes ou com a equipe trabalhando no local para não infectar outras pessoas.
Eles terão de se submeter a coletas de material nasal e da garganta feitas com cotonetes, fornecer amostras de fluidos nasais ao limpar as narinas e deixar pedaço de papel filtro sobre cada narina por 5 minutos. Esses procedimentos podem ser "um pouco desconfortáveis ou causar engasgamento, mas isso será resolvido rapidamente e não deve ser doloroso ou causar qualquer risco", diz o formulário para voluntários. Os participantes também terão de sentar em uma sala de vidro - a "caixa da tosse" - e conversar, tossir e cantar para que os pesquisadores coletem gotas de cuspe no ar.
Os voluntários passarão por testes psicológicos durante o experimento para checar seu bem-estar mental.
Antes de voltar à vida normal, eles tomarão antibióticos para limpar qualquer infecção provocada pela bactéria.
O professor Read diz que o programa é "seguro e ético" - eles usarão a dose mais baixa possível da bactéria. Os voluntários também podem desistir a qualquer momento.
"Pode parecer algo meio Big Brother, mas eles estão livres para sair. Nos certificaremos que os voluntários entendam completamente o que está em questão para poder consentir de fato".

Tosse em loop

Em adultos, a coqueluche geralmente é uma doença de gravidade média que causa sintomas parecidos com os da gripe e uma tosse teimosa e irritante que pode durar meses. Adultos podem transmitir a bactéria a bebês e crianças. Para eles, a infecção pode ser perigosa e até mortal.
Entre 2010 e 2014, houve um aumento significativo da incidência de coqueluche no Brasil, principalmente em crianças com menos de 1 ano de idade, segundo o Ministério da Saúde. No entanto, segundo dados mais recentes do Ministério, os números diminuíram: foram 1.314 casos em 2016, em comparação aos 8.609 de 2014 (os dados estão sujeitos a revisão).
No mundo, a bactéria pertussis mata centenas de milhares de crianças, o que explica por que há uma pressão internacional tão grande para fazer uma nova vacina.
Ainda há campanhas para prevenir a infecção, mas não é tão eficaz quanto os médicos gostariam que fosse e a proteção da vacina diminui com o passar dos anos.
Antibióticos podem impedir a disseminação da bactéria, mas os transmissores silenciosos não sabem que estão infectados.
Quem tiver interesse em participar do estudo pode entrar em contato através do e-mail UHS.recruitmentCRF@nhs.net.
Notícia publicada na BBC Brasil, em 16 de junho de 2017.

Jorge Hessen* comenta

Ora, sendo comprovadamente ineficaz outras campanhas para prevenção da coqueluche , tanto quanto não é muito eficaz a proteção da atual vacina que perde potencial de combate com o passar dos anos, entendemos que a reprodução inusitada do tema publicado na reportagem é de extraordinária gravidade. Sem embargo, o jeitão singular de alguma pessoa se submeter (sob controle científico) às bactérias, não podemos perder de vista que o escopo é sublime apontando para possíveis curas no futuro da perigosa coqueluche.
Os “voluntários remunerados” estão contribuindo, sem dúvida nenhuma, com a ciência (ainda que sob paga), mas refletimos que o alvo é a busca de soluções para cura de outras pessoas. Como se sabe, no mundo, a bactéria pertussis mata centenas de milhares de crianças, o que explica por que há uma pressão internacional tão grande para fazer uma nova vacina.
O tema nos leva a uma das formas altruísticas de ser. Aliás, altruísmo é considerada uma doutrina ética que indica o interesse pelo próximo como um princípio "supremo" de moralidade. Basicamente, uma pessoa altruísta é aquela que pensa nos outros antes de pensar em si própria.
O altruísmo é uma das bases de várias doutrinas religiosas, como o Cristianismo, por exemplo. No caso do Cristianismo, o altruísmo é revelado através do amor ao próximo, um dos mandamentos deixados por Jesus. (João, 13:34.) Apesar disso, o altruísmo não é uma atitude exclusiva de uma pessoa que segue uma religião e pode ser demonstrado por qualquer pessoa, sendo uma questão de moral.
É um tanto paradoxal afirmar que um indivíduo altruísta não é interesseiro, ou seja, não ajuda os outros com o objetivo de obter algum benefício em troca (o que não ocorreu com os voluntários da reportagem). No entanto, existe também o conceito de altruísmo recíproco, em que uma pessoa renuncia ao eu e ajuda outra sabendo que no futuro essa ou outras pessoas poderão estar em condições para retribuir o favor.
Especificamente sobre o assunto em epígrafe, sob qualquer abordagem (por dinheiro ou não) cremos que quando alguém se submete a colaborar em prol do semelhante jamais estará numa viagem sem rumo, pois possui a bússola da renúncia apontando a direção segura do porto da paz.

* Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (dois livros publicados), Jornalista e Articulista com vários artigos publicados

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Palestras do 13º ENLIHPE

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Raphael Vivacqua Carneiro
Assunto: Palestras do 13º ENLIHPE



Olá, amigos

Seguem abaixo os links para os vídeos de todas as palestras do 13º ENLIHPE - Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo, ocorrido em São Paulo, há uma semana.

Abraços, Raphael

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Como trabalham os pesquisadores? (Jáder Sampaio)

Terapia Fluídica: apresentação de um instrumento de avaliação (Raphael Vivacqua Carneiro)

Efeitos do passe espírita em pacientes internados em hospitais (Élida Mara Carneiro)

Teorias científicas e o Espiritismo (Alexandre Fontes da Fonseca)

Uma exploração inicial em análise semântica latente de cartas psicografadas (Ademir Xavier Jr.)

Análise de uma investigação científica sobre efeitos do tratamento espiritual (Gilmar Trivelato)

Alguns resultados de estudos sobre técnicas de Biocampo (Jáder Sampaio)

Entre evocações, Magnetismo e Espiritismo: um estudo sobre mediunidade curadora (Adolfo de Mendonça Jr.)

Identificação de água fluidificada/magnetizada por médium vidente: um experimento piloto (Sandro Fontana)

Magnetismo ou Espiritismo? (Alexandre Fontes da Fonseca)

Homenagem a Lamartine Palhano Jr. (Raphael Vivacqua Carneiro)

domingo, 3 de setembro de 2017

Livro em estudo: Grilhões Partidos - B001 – Apresentação – Grilhões Partidos

Livro em estudo: Grilhões Partidos – Editora LEAL - 1974
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

B001 – Apresentação – Grilhões Partidos

GRILHÕES PARTIDOS

No báratro das perturbações que inquietam o homem moderno a alienação obsessiva ocupa lugar de relevo.
Estigmatizados por inenarráveis tormentos íntimos, que procedem dos refolhos da alma, os obsidiados por Espíritos têm padecido lamentável abandono por parte dos respeitáveis estudiosos das ciências da mente, que, aferrados a vigoroso materialismo, negam, drasticamente, a interferência dos desencarnados — na condição de personalidades intrusas — na etiopatogenia de algumas enfermidades mentais.
Por outro lado, cristãos decididos, clarificados pela fé espírita, no afã de ajudar pelos múltiplos processos fluidoterápicos e da doutrinação, enquadram os alienados na sua quase generalidade como obsidiados, sem a indispensável atenção para com as enfermidades de caráter psiquiátrico.
Não são verdadeiros os postulados extremistas negativos dos primeiros, nem tampouco os exageros dos segundos.
Indubitavelmente, nas matrizes do processo evolutivo, cada um traz as causas que produzem as distonias e desarranjos, físicos como psíquicos e simultaneamente.
Sendo a dor um processo de burilamento, o sofrimento decorre do mau uso perpetrado pelo ser em relação aos recursos múltiplos, concedidos pelos desígnios superiores que regem a vida em todas as suas manifestações, para a ascensão de cada um.
O homem está, porém, destinado à perfeição.
Todos os atrasos a que se impõe e desvarios a que se permite constituem-lhe impedimentos ao avanço, tornando-se elos retentivos na retaguarda.
Os códigos divinos estabelecem que somente através do amor se pode haurir paz, colimar metas felizes.
De essência salutar, o amor é a base da vida, ao mesmo tempo a força que impele o ser para as realizações de enobrecimento.
Toda vez que as paixões vis o desgovernam, enlouquecem-no, e dele fazem cárcere de sombra, de aflição demorada.
Por esta razão, ao lado das terapêuticas mais preciosas, o amor junto aos pacientes de qualquer enfermidade produz resultados insuspeitados.
Da mesma forma, enquanto se teime em perseverar na sistemática da revolta ou nos escabrosos Sítios da ilusão que favorece o ódio, o ciúme, a mentira, a soberba, a concupiscência, a avareza, a mesquinhez — todos asseclas insidiosos que se locupletam na sanha nefasta do egoísmo, — a dor jungirá o faltoso ao carro da aflição reparadora e do ressarcimento impostergável.
Ninguém em regime de exceção na Terra.
Desculpismo nenhum, face aos imperiosos compromissos para com a vida.
Em cada padecente se encontra um espírito em prova redentora, convidando-nos à reflexão e à caridade.
*
Na imensa mole humana dos que sofrem a loucura, conforme os cânones das classificações psiquiátricas, transita um sem número de obsidiados que expungem faltas e crimes cometidos antes e não alcançados pela humana justiça na oportunidade.
São defraudadores dos dons da vida que retornam jungidos àqueles que infelicitaram, enganaram, abandonaram, mas dos quais não se conseguiram libertar...
Morreram, sim, porém não se aniquilaram. Trocaram de vestes, todavia, permaneceram os mesmos.
As conjunturas da lei os surpreenderam onde se alojaram e as imposições que criaram ligaram-nos, vítimas a algozes, credores a devedores em graves processos de reparação compulsória.
Atados mentalmente aos gravames cometidos, construíram as algemas a que se aprisionam, em vinculação com os que supunham ter destruído...
Debatem-se presos nos mesmos elos, lutando em contínuo desgaste de vitalidade com que enlouquecem, até que as claridades do amor, do perdão — forças sublimes da vida — consigam partir as cadeias e libertá-los, facultando que se ajudem reciprocamente.
Enquanto o amor não se sobreponha ao ódio e o perdão à ofensa, marcharão em renhida luta, perseguindo e auto-afligindo-se sem termo, pelos dédalos de horror em que se brutalizam até a selvageria mais torpe...
*
Muito maior do que se pode supor é o número dos obsidiados na Terra.
Estão em soledade, em grupos e em coletividades inteiras...
Estes são dias graves para o destino do homem e da Humanidade.
Ao Espiritismo compete gigantesca missão: restaurar o Evangelho de Jesus para as criaturas, clarificar o pensamento filosófico da Humanidade e ajudar a ciência, concitando-a ao estudo das causas nos recessos do espírito, antes que nos seus efeitos.
Consolador, cumpre-lhe não somente enxugar as lágrimas e os suores, mas erradicar em definitivo os fulcros do sofrimento onde se encontrem.
Não é de origem divina a dor, portanto, possui caráter transitório com função específica e de fácil superação, desde que o homem se obstine atingir as finalidades legítimas da existência.
No trato, Portanto, com obsidiados e ante as obsessões, armemo-nos com os recursos do amor, a fim de que consigamos o êxito de ver os grilhões partidos e os espíritos livres para os cometimentos da felicidade.
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Antes de cada capítulo da presente história, tivemos o cuidado de citar um conceito retirado da nobre Codificação Kardequiana fonte inexaurível de salutares informações e base segura para os estudos em torno das questões palpitantes do ser, do destino, da vida.. (*)
Demonstramos, assim, a estuante atualidade da Obra colossal de que se fez ímpar realizador o eminente lionês Allan Kardec, a quem devemos luminosas lições de sabedoria e de Vivência cristã.
Suplicando a Jesus, o “Senhor dos Espíritos”, que nos ampare na trilha redentora, damos por concluída a nossa tarefa, na condição de “servo inútil” que sabemos ser.
Manoel Philomeno de Miranda
Salvador, 18-04.74

(*) Recorremos às edições da FEB, a saber: O LIVRO DOS ESPÍRITOS — 29ª O LIVRO DOS MÉDIUNS — 28ª; O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO — 52ª. e “A GÊNESE” — 14ª. Nota do Autor espiritual.
Não há coração tão perverso que, mesmo a seu mau grado, não se mostre sensível ao bom proceder. Mediante o bom procedimento, tira-se, pelo menos, todo pretexto às represálias, podendo-se até fazer de um inimigo um amigo, antes e depois de sua morte. Com um mau proceder, o homem irrita o seu inimigo, que então se constitui instrumento de que a justiça de Deus se serve para punir aquele que não perdoou.”
O Evangelho Segundo o Espiritismo” — Capítulo 12º — Item 5.
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Os meios de se combater a obsessão variam, de acordo com o caráter que ela reveste. Não existe realmente perigo para o médium que se ache bem convencido de que está a haver-se com um Espírito mentiroso, como sucede na obsessão simples...”
Além disso, portanto, deve o médium dirigir um apelo fervoroso ao seu anjo bom, assim como aos bons Espíritos que lhe são simpáticos, pedindo-lhes que o assistam. Quanto ao Espírito obsessor, por mau que seja, deve tratá-lo com severidade, mas com benevolência e vencê-lo pelos bons processos, orando por ele. Se for realmente perverso, a princípio zombará desses meios; porém, moralizado com perseverança, acabará por emendar-se. Ë uma conversão a empreender, tarefa muitas vezes penosa, ingrata, mesmo desagradável, mas cujo mérito está na dificuldade que ofereça e que, se bem desempenhada, dá sempre a satisfação de se ter cumprido um dever de caridade e, quase sempre, a de ter-se reconduzido ao bom caminho uma alma perdida.”
L.M. — Capítulo 23º — Item 249.

QUESTÕES PARA ESTUDO

1 – Na observação e tratamento das alienações humanas, Manoel Philomeno afirma na primeira parte do texto que tantos pesquisadores respeitáveis do mundo científico quanto muitos espíritas estão equivocados. Por quê?
2 – Aonde se encaixam as obsessões nos transtornos psiquiátricos?
3 – Qual missão a que se liga o Espiritismo?

Bom estudo a todos!!

Equipe Manoel Philomeno

Livro em estudo: Nos Bastidores da ObsessãoCONCLUSÃO - A040 – Cap. 16 – Compromissos redentores – Segunda Parte - fIM

Livro em estudo: Nos Bastidores da Obsessão – Editora FEB - 1970
Autor: Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco

A040 – Cap. 16 – Compromissos redentores – Segunda Parte
CONCLUSÃO

QUESTÕES PARA ESTUDO

1 – Reunidos todos os protagonistas desta história, o que ficou programado para o ex-obsessor Guilherme? De certo modo, seu antigo plano se concretizava, porém sob nova perspectiva. De que modo?
Guilherme, assim como havia programado junto ao Dr. Teofratus no passado, iria reencarnar como filho do casal Mariana e Adalberto. Porém, agora, sob nova perspectiva:
Se antes o plano de reencarnação do ex-obsessor se daria em clima de perturbação, a partir da fuga de Mariana da família e o encontro irresponsável com Adalberto, agora aconteceria em clima de boas esperanças e sob as núpcias do casal.
Se antes o ex-obsessor pretendia, com a reencarnação, destruir o casal, especialmente Mariana, em vingança do que havia sofrido, agora, sob as orientações dos benfeitores, a reencarnação era um projeto para o restabelecimento dos laços de fraternidade entre todos, através do perdão e dos esforços de cada um.
Se antes a reencarnação se daria em clima de dor e irresponsabilidade, hoje era Mariana e seu marido quem abriam os braços espontaneamente, cheios de boas expectativas e confiantes em Deus.

2 – E quanto a Dr. Teofratus e Jean Villemain?
Dr. Teofratus e Jean Villemain, respectivamente, na última reencarnação, o ocultista e o padre que o condenou à morte pela Inquisição, devido ao ciúme por Henriette-Marie (Ana Maria), ambos reencarnariam como filhos de Ana Maria. Neste projeto, pretendiam reconciliar-se entre si e entre a futura mãe, transformando todos os laços dolorosos em laços de amor.

3 – Por que, segundo o benfeitor Glaucus, a primeira tentativa de Dr. Teofratus de reencarnação poderia não ter sucesso? E como possivelmente seria sua nova reencarnação?
O benfeitor Glaucus externa esta preocupação em razão dos graves compromissos do antigo mago, que lhe proporcionaram extensos prejuízos para o seu corpo perispiritual. Como o perispírito é o corpo molde sobre o qual se constrói o físico, estando o perispírito bastante desequilibrado, este poderia transferir seus desajustes ao frágil corpo fetal ainda em desenvolvimento, o que poderia ocasionar a inviabilidade do organismo físico e o consequente aborto espontâneo.
À medida que o perispírito do mago adquirisse condições mínimas de harmonia, a gravidez poderia ter sucesso. Porém, ainda assim, como continua o benfeitor, a futura reencarnação do mago seria cercada por uma série de dificuldades, justificadas pelas suas desastradas escolhas do passado.



Equipe Manoel Philomeno
(Fim)