sábado, 2 de janeiro de 2016

Análise Espírita da Microcefalia

Análise Espírita da Microcefalia
Pedro Vieira

Temos assistido nas últimas semanas a um preocupante surto de casos de bebês nascendo com problemas variados na formação cerebral, em especial com microcefalia (cérebro e caixa craniana de diâmetro menor do que o normal) e calcificação (crânio calcificado prematuramente, impedindo o crescimento cerebral), causando dificuldades variadas para essas crianças nos campos neurológico, psíquico e motor.
Pesquisas atuais têm estudado relação entre essas ocorrências e o vírus zika, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti e talvez por outros meios. Em que pese a necessidade urgente de ações preventivas de cientistas e governos, o fato inegável é que, em maior ou menor grau, o Brasil já terá que lidar com uma geração de crianças, jovens e, depois, adultos, requerendo cuidados especiais.

Também não tardaram a surgir explicações espirituais variadas, algumas ponderadas, outras pessoais, outras simplistas e algumas até irresponsáveis. Mas o que, objetivamente, o Espiritismo traz, como doutrina, de informações sobre o assunto?

Um corpo com alguma deficiência é como um instrumento musical limitado nas mãos de um músico. São apenas a percepção e a manifestação do Espírito que estão dificultadas.
Não existe relação entre deficiências físicas ou intelectuais e evolução espiritual. Animando esses corpos podem estar Espíritos superiores ou inferiores, como ocorre com qualquer pessoa.
Existe um motivo para a experiência que esses Espíritos passam, que podem ser, como com todos, uma expiação ou uma prova, consentida ou imposta.
Como regra geral, o Espírito está lúcido apesar do que ocorre com seu corpo.
Todas as situações difíceis com os filhos podem ser, também, uma prova para os pais.

Por isso, é fundamental, como espíritas, adotarmos e difundirmos, a partir dos esclarecimentos filosóficos, algumas posturas práticas:

Ter fé constante e renovada através da prece e da meditação. Todo remédio que nos é apresentado, no campo do progresso, existe na formulação e na dosagem exata de nossa necessidade. Quando um Espírito encarna, todos os detalhes: local, família, condições do corpo, são cuidadosamente escolhidos para proporcionarem para ele a experiência mais eficaz e adequada à sua necessidade de progresso. Não há erros ou improvisos.
Saber que só existe uma motivação de Deus para tudo o que faz: o Amor a suas criaturas. Não há que se falar em punição, mas em educação.
Não esquecer de que a missão dos pais continua não só válida como reforçada. Uma criança que requer atenção especial só chega às mãos de pais preparados para lidar com ela e serem, para ela, a face de Deus nesta etapa de seu processo evolutivo.
Conversar com essas crianças, como Espíritos, com a consciência de que, seja no campo emotivo, seja no cognitivo espiritual, sentirão nossas vibrações de amor e tranquilidade, e que essa interação é fundamental para que passem por essa experiência em paz interior.

Por fim, o grau de abrangência de qualquer assunto indica também a abrangência da responsabilidade. Se é algo que afeta toda uma nação, é importante pensarmos, de forma madura, como nação, para recebermos, acolhermos e orientarmos, cada um em seu cadinho, esses Espíritos que Deus achou por bem nos trazer em condições especiais de cuidados intelectuais.

Oremos e laboremos por eles. São também nossos filhos, filhos do Brasil. Brasil.

29 de Dezembro de 2015

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Carta de Ano Novo

papelcartaanonovoCarta de Ano Novo

Ano Novo é também oportunidade de aprender, trabalhar e servir. O tempo como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para necessária ascensão.

Lembra-te de que o ano em retorno, é novo dia a convocar-te para a execução de velhas promessas que ainda não tivestes a coragem de cumprir.

Se tens inimigos faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.

Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.

Se a tristeza te requisita esquece-a e procura a alegria serena da consciência tranquila no dever bem cumprido.

Ano Novo! Novo Dia!

Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.

Recorda que há mais ignorância que maldade em torno de teu destino.

Não maldigas nem condenes.

Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.

Não te desanimes nem te desconsoles.

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: - Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.

Pelo Espírito Emmanuel. XAVIER, Francisco Cândido. Vida e Caminho. Espíritos Diversos. GEEM.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Ano Novo: As Esperanças se Renovam

anonovoAno Novo: As Esperanças se Renovam

Antonio Leite

Graças à Doutrina Espírita muitos dos segredos que envolviam o mistério da vida nos foram revelados. Dentre estes, o de que somos espíritos imortais e que aqui nos encontramos para dar continuidade ao aprendizado que nos propusemos a pôr em prática, quando traçamos os planos para a nossa reencarnação.

Muito embora tenhamos hoje este conhecimento acerca da nossa perenidade, o que nos dá a certeza que teremos o tempo necessário para a concretização do nosso programa de ação e gradativamente ir nos aperfeiçoando até atingir a meta final da perfeição, ainda assim, estamos inevitavelmente presos ao relógio do tempo.

Devemos encarar essa rotina do tempo que ainda nos domina, como mais uma oportunidade para recarregar as nossas baterias e continuar a jornada de luta em prol do nosso próprio progresso espiritual. Assim devemos ver esses intervalos do tempo físico em que vivemos como espíritos encarnados e aproveitar esses preciosos momentos para fazer uma reavaliação e traçar metas para o futuro.

A sucessão dos anos e a constante presença do Ano Novo em nossas vidas deve ser vista como mais uma oportunidade. É um momento oportuno para que avaliemos as ações perpetradas no ano velho e tracemos metas para o ano que se inicia. É fundamental que não nos deixemos impressionar negativamente pelos equívocos de que fomos eventualmente autores. Afinal de contas somos hoje sabedores de que como espíritos em marcha evolutiva, muito ainda temos que transpor para atingirmos um nível em que os comprometimentos sejam eliminados. O importante é aceitar com humildade os erros cometidos procurando tirar lições dos mesmos e ter o firme propósito de não os cometer novamente. Uma atitude de auto-acusação não é compatível com a visão que temos hoje do nosso Criador, que não nos condena.

Devemos dar graças a Deus pela oportunidade de sermos hoje conhecedores dos ensinamentos da Doutrina Consoladora. Ela veio ao mundo para nos revelar, à luz da razão e do bom senso, a responsabilidade que pesa sobre os nossos ombros no tocante ao trabalho que devemos empreender para conquistarmos a plenitude da Paz Duradoura. A Doutrina dos Espíritos veio tirar a venda dos nossos olhos, a qual criava obstáculos e nos impedia de ter uma visão coerente e racional sobre o Criador, nós mesmos, a oportunidade redentora da vida e a inarredável RESPONSABILIDADE que cabe a cada um de nós pela conquista do progresso espiritual, até a completa redenção – a PERFEIÇÃO.

Assim, devemos todos levantar os olhos aos céus e agradecer ao Criador por mais um ano de vida, trabalho e aprendizado. Que tenhamos a humildade e a serenidade de reconhecer os nossos erros e pedir ao Pai e aos Espíritos Protetores que nos guiam, a força necessária para que não voltemos a incidir neles e com o firme propósito de nos tornarmos melhores seres humanos, encaremos o ANO NOVO que se inicia como mais uma grande oportunidade.

Que a Paz verdadeira ensinada e vivida pelo Mestre Jesus seja a meta de todos nós no ano que se inicia.

Antonio Leite

Editor GEAE

(Publicado no Boletim GEAE Número 468 de 13 de janeiro de 2004)

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

E, aí! Já leu?!

Do livro CONVITE À REFLEXÃO, ditado pelo espírito Deolindo Amorim ao médium Elzio Ferreira de Souza. Capítulo I, “Fatos e livros”:
1. Os escritores espíritas devem ter o cuidado, ao referirem-se a fatos históricos, de colherem material em fontes fidedignas, evitando repetirem apenas as descrições dos fatos na versão e valorização feitas por um grupo ou por pessoas interessadas em fixá-las como expressões da verdade.
2. Não é possível escrever sobre a história de um movimento sem realizar-se uma pesquisa aprofundada.
3. Escrever sobre história exige do pesquisador isenção de ânimo, sem o que acabará escrevendo sua “história”.
4. Os livros se tornam mais ou menos valiosos de acordo com a faixa de leitor a que se dirigem: há um grande engano de escritores, médiuns e editores quando julgam que eles se destinam a qualquer leitor, sem considerar o conhecimento de cada um.
O exemplo da literatura infantil deveria ser seguido: o escritor de livros para crianças procura conformar a narração a uma determinada faixa etária de modo que possa ser entendido. Existem faixas de idade mental que não podem ser desconsideradas.
5. A melhoria da qualidade dos livros encontra-se na dependência do preparo dos leitores. 
Quantos estejam interessados em uma seleção da literatura espírita, para que não se lhes desfaça a qualidade, devem não somente cuidar disto na ponta da publicação, evitando dar à luz obras que são apenas exercícios mediúnicos ou do próprio escritor, mas também na outra referente ao leitor, isto é, devem trabalhar para que o adepto se torne um conhecedor do Espiritismo, ajudando a capacitá–lo na arte de pensar e discernir.
6. As obras espíritas não devem ser submetidas a qualquer espécie de censura, salvo a do próprio leitor. 
Quando alguém se entende como o único capacitado a selecionar e a julgar do valor de um livro, apenas está decretando por antecipação a incapacidade do leitor. O movimento doutrinário não se pode firmar em bases tão frágeis como os ombros dos censores. O leitor espírita deve reivindicar sua própria maioridade.
7. Ao invés de perder-se tempo com condenações, todo o esforço deve ser dirigido a preparar novas gerações no conhecimento da Doutrina e a ajudar aqueles que desejem conhecê-la através de um estudo sério em que as obras de Allan Kardec possam ser dissecadas sem quaisquer prejuízos.
Enquanto providências como essas não forem tomadas, continuaremos a assistir a preferência dos leitores por romances que os deliciam com suas amenidades, mas que nem sempre ensinam, que lhes criam ilusões e não os acordam para a realidade, dando uma falsa idéia do mundo espiritual, o que pode ocorrer pelo despreparo do médium para apropriar-se das idéias do Espírito ou deste para transmitir aquilo que vê. Embora existam romances históricos, em que se procura reconstituir o ambiente e os fatos de uma época, nem todos o fazem, e muitos reproduzem apenas a imaginação de seus autores.
Finalmente, seja-me permitido dizer que todas estas dificuldades não depõem contra o Espiritismo, muito pelo contrário, advertem que não se trata de uma Doutrina cuja aprendizagem possa fazer-se em poucos dias, nem com a leitura de romances, mas necessita de estudos sérios e de aplicação, coisas que não são nenhuma novidade, pois constituem advertências do mestre Allan Kardec.
(fonte: Fanpage Sou  Jovem Espírita)

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