sábado, 5 de abril de 2014

E, aí? Já viu?!



Lançamento:  17 de setembro de 1993 (1h43min)   
Dirigido por : Harold Ramis  
Com:  Bill Murray, Andie MacDowell, Stephen Tobolowsky
Gênero : Comédia , Fantasia , Romance  
Nacionalidade:  EUA
Sinopse 1    :  Um repórter (Bill Murray) de televisão que faz previsões de meteorologia vai a uma pequena cidade fazer uma matéria especial sobre o celebrado "Dia da marmota". Pretendendo ir embora o mais rapidamente possível, ele inexplicavelmente fica preso no tempo, condenado a vivenciar para sempre os eventos daquele dia.
Sinopse 2   : Um repórter (Bill Murray) é escalado mais uma vez para cobrir as festividades do Dia da Marmota numa pequena cidade do estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Ele não vê a hora de terminar o trabalho e voltar para casa, mas o inesperado acontece: ele cai em um "feitiço do tempo", e todos os dias seguintes passam a se repetir sempre iguais ao Dia da Marmota. Quando ele percebe o feitiço, passa a tirar vantagem dele, mas depois vem o tédio e o sentimento de frustração por não saber como sair daquela situação.
Sinopse 3    : Groundhog Day (Feitiço do Tempo, no Brasil; O Feitiço do Tempo, em Portugal) é um filme norte-americano de 1993 dirigido por Harold Ramis. No filme, Murray interpreta Phil Connors, um egocêntrico homem do tempo da TV em Pittsburgh, que durante a abertura do anual Dia da Marmota (2 de fevereiro) em Punxsutawney, encontra-se repetindo o mesmo dias várias vezes. Depois de se deixar levar por todas as formas de perseguições hedonísticas, ele começa a reavaliar sua vida e prioridades.


Comentário:
O feitiço do tempo

Raphael Vivacqua Carneiro

Phil Connors, personagem interpretado pelo ator Bill Murray na comédia “Feitiço do Tempo”, de 1993, era um arrogante apresentador de TV que fma cidadezinha interiorana para cobrir uma festa tradicional que ocorria todo ano, no dia 2 de fevereiro.

Egocêntrico e vaidoso, menosprezava os seus colegas de trabalho, por não considerá-los à sua altura. Da mesma forma, desprezava a cidadezinha, os habitantes e seus costumes, bem como a tarefa para a qual fora designado. Logo após a breve cobertura do evento, o seu desejo era retornar imediatamente à cidade grande; porém uma forte nevasca obrigou-o a lá permanecer mais uma noite, para seu desprazer. Mal sabia ele que o seu pesadelo estava apenas começando: uma maldição caiu sobre ele, fazendo-o acordar todas as manhãs naquela mesma cidadezinha, repetindo o mesmo dia 2 de fevereiro, envolvido com as mesmas pessoas.

Como não tivesse a menor ideia de como livrar-se daquele feitiço, tentou as mais diversas estratégias de ação, gerando situações e resultados que oscilavam entre o cômico e o trágico, incluindo tentativas de suicídio. Contudo, nada era capaz de libertá-lo; pois, a cada manhã seguinte, ele despertava para iniciar o dia 2 de fevereiro novamente. Ao contrário dos demais personagens, que agiam a cada dia como da primeira vez, sem qualquer lembrança anterior, Phil recordava-se de todas as suas experiências vividas nos dias anteriores, desde que o feitiço entrara em vigor. Isso lhe proporcionava um aprendizado privilegiado sobre as reações das pessoas a cada palavra ou ação que fosse empregada por ele.

No meio de tantas desventuras e desesperança, Phil encontrou um objetivo na vida: conquistar o amor de Rita, sua bela e doce colega de trabalho que sentia antipatia pela arrogância dele. O desafio era transformar essa antipatia em amor num curto período de 24 horas; pois, a cada manhã, o feitiço fazia com que a memória de sua amada fosse apagada. Ele começou a aprender tudo aquilo que sensibilizava o coração de Rita: poesia, arte, música e, principalmente, a prática de atos generosos e solidários para com as pessoas comuns. Quando finalmente ele conseguiu amá-la de verdade e ser correspondido, o feitiço se quebrou e ele se libertou do castigo de repetir indefinidamente o dia 2 de fevereiro.

Colocando à parte a fantasia do enredo, chama a nossa atenção o paralelo que pode ser traçado entre o feitiço que recaiu sobre este protagonista e as nossas próprias histórias de vida como espíritos imortais, que passam por incontáveis ciclos de reencarnações. Assim como o nosso herói atormentado, nós também habitamos temporariamente um local que não nos agrada, pois o nosso planeta ainda se encontra moralmente distante dos mundos felizes; nós também convivemos com cidadãos próximos cujas imperfeições nos incomodam, por sermos nós mesmos arrogantes e imperfeitos; além disso, numa aparente forma de castigo, nós despertamos, no berço de cada nova reencarnação, neste mesmo mundo, rodeados pelos mesmos habitantes, para repetirmos as lições mal aprendidas. O ciclo se repete indefinidamente, até que a aquisição do amor e da sabedoria nos liberte. Este aprendizado gradual é viabilizado pelo fato de que as nossas experiências vividas em cada existência não se perdem; ficam acumuladas nos escaninhos da alma. Cada dia 2 de fevereiro na vida de Phil Connors assemelha-se a uma existência reencarnatória para cada um de nós.

Raphael Vivacqua Carneiro - 31 de março de 2014

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Revista Espírita: Questões e Problemas - Crianças, Guias Espirituais dos Pais

Tendo perdido um filho de sete anos, e tendo-se tornado médium, a mãe teve a mesma criança como guia. Um dia lhe fez a seguinte pergunta:
Caro bem amado filho, um dos meus amigos espírita não compreende e não admite possas ser o guia espiritual de tua mãe, desde que ela existia antes de ti e, indubitavelmente, deve ter tido um guia, nem que fosse durante o tempo que te tivemos ao nosso lado. Podes dar-nos algumas explicações?
Resposta do Espírito da criança: - Como quereis aprofundar tudo quanto vos parece incompreensível? Aquele que vos parece mesmo o mais adiantado no Espiritismo está apenas nos primeiros elementos da doutrina e não sabe mais do que este ou aquele que vos parece ao par de tudo e capaz de vos dar explicações. - Eu existi muito tempo antes de minha mãe, e ocupei, em outra existência, uma posição eminente por meus conhecimentos intelectuais.
Mas um imenso orgulho se havia apoderado de meu Espírito, e durante várias existências consecutivas fui submetido à mesma provação, sem poder triunfar, até chegar à existência em que estava junto de vós. Mas como já era adiantado e minha partida devia servir ao vosso adiantamento, a vós tão atrasados na vida espírita, Deus me chamou antes do fim de minha carreira, considerando minha missão junto a vós mais aproveitável como Espírito do que como encarnado.
Durante minha última estada na terra, minha mãe teve o seu anjo da guarda junto a ela, mas temporariamente, porque Deus sabia que era eu que devia ser o seu guia espiritual e que eu a traria mais eficazmente na via de que ela estava tão afastada. Esse guia, que ela tinha então, foi chamado a uma outra missão, quando vim tomar seu lugar junto a ela.
Perguntai aos que sabeis mais adiantados do que vós, se esta explicação é lógica e boa. Porque por ser que seja minha opinião pessoal e, mesmo a emitindo, não sei bem se me engano. Enfim, isto vos será explicado, se perguntardes. Muitas coisas ainda vos são ocultas e vos parecerão claras mais tarde. Não queirais aprofundar muito porque, então, dessa constante preocupação nasce a confusão de vossas idéias. Tende paciência; e, assim como um espelho embaciado por um sopro ligeiro, se clarifica pouco a pouco, vosso espírito tranqüilo e calmo atingirá esse grau de compreensão necessário ao vosso adiantamento.
Coragem, pois, bons pais; marchai com confiança, e um, dia bendirei a hora da provação terrível que vos trouxe à via da felicidade eterna, e sem a qual teríeis muitas existências infelizes a percorrer ainda.
OBSERVAÇÃO: Essa criança era de uma precocidade intelectual rara para a sua idade. Mesmo em estado de saúde, parecia pressentir seu fim próximo. Alegrava-se nos cemitérios e sem jamais ter ouvido falar em Espiritismo, em que os pais não acreditavam, muitas vezes perguntava se, quando se está morto, não se podia voltar para os que se tinha amado; aspirava a morte como uma felicidade e diria que quando morresse sua mãe não deveria afligir-se, porque voltaria para junto dela. Com efeito, foi a morte de três filhos em alguns dias que levou os pais a buscar uma consolação no Espiritismo. Essa consolação a encontraram largamente e sua fé foi recompensada pela possibilidade de conversar a cada instante com os filhos, pois em muito pouco tempo a mãe se tornou excelente médium, tendo até o filho como guia, Espírito que se revela por uma grande superioridade.

Allan Kardec

quinta-feira, 3 de abril de 2014

E, aí?! Já leu?!


Título: Nos Domínios da Mediunidade
Espírito: André Luiz
Médium: Francisco Cândido Xavier   

Sinopse:  Analisa a questão da mediunidade, objetivando ressaltar a importância da sintonia do pensamento. Apresenta 30 capítulos, estudando os mecanismos da mediunidade nos planos físico e espiritual, com embasamento científico, elucidando temas como: assimilação de correntes mentais; efeitos físicos; forças viciadas; passe e psicofonia. Salienta a responsabilidade e perseverança na prática do bem para que a mediunidade cumpra seu papel na redenção da humanidade, repetindo com Jesus: "A cada qual segundo suas obras."

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Mural reflexivo: A Lealdade Ignorada


A LEALDADE IGNORADA


A Lealdade Ignorada



    Uma das mais belas qualidades humanas é a lealdade. Quanta grandeza em saber reconhecer um benefício com gestos de fidelidade.

    Mas não é isso o que vemos sempre pelo Mundo. Muito pelo contrário.

    O mais freqüente é encontrarmos por toda parte o desamor como pagamento àqueles que estendem a mão em auxílio ao próximo.

    Quantas vezes vemos amizades e famílias desfeitas, boas lembranças esquecidas. Tudo em nome da deslealdade, que nada mais é do que uma forma de ingratidão.

    Assim, vale a pena refletirmos sobre a natureza do que é desleal. Quem agiria assim? Quem seria capaz de pagar um benefício com uma traição?  E por que razão faria isso?

    Vamos responder por partes. Desleal costuma ser a maior parte da Humanidade em algum momento da vida.

    Dificílimo é encontrar alguém que sempre age corretamente, que pauta seus atos pela extrema correção, em todas as ocasiões.

    Por outro lado, as razões que levam à deslealdade são sempre baseadas no egoísmo. O egoísta não se preocupa com o bem-estar do outro. Para ele, seus interesses vêm em primeiro lugar.

    Por isso, o egoísta não se envergonha em atraiçoar aquele que lhe estendeu mão amiga. Movido por interesses financeiros, por orgulho ou vaidade, não hesita em dar as costas para um amigo ou um ser querido.

    E o que é alvo de um gesto de deslealdade - o que deve fazer?

    Antes de tudo cabe não julgar. O desleal é alguém doente. Não um doente do corpo, mas um doente da alma, a quem nos cabe perdoar.

    Perdoar? Sim, perdoar. Costumamos afastar de nosso dia-a-dia a prática do perdão.

    Falamos tanto em perdão e enaltecemos seu valor na hora da provação.

    Mas, basta que alguém nos fira, para imediatamente esquecermos tudo o que costumamos falar sobre a necessidade de perdoar o próximo. É uma conveniência.

    Assim, diante da deslealdade, recordemos Jesus, que nos ensina a não resistir ao mal. Suas palavras nos convidam a pagar o mal com o bem, a oferecer a outra face, a perdoar constantemente.

    O valor do perdão é maior quanto mais grave é a deslealdade. Quando o desleal é uma alma querida, a quem sempre oferecemos o melhor em termos de amizade.

    Uma fórmula preciosa para esses instantes é recorrer à prece. A oração balsamiza a alma, acalma o coração, ilumina os dias.

    Se o coração do que é agredido está sereno, ele está liberto.

    E o outro? Ah, a questão não é mais entre um e outro. A questão é entre Deus e cada um de nós. O outro? A questão é entre ele e Deus.

    De nossa parte, devemos nos preocupar única e exclusivamente com a nossa consciência perante as Leis Divinas. Se estamos em paz, tudo está bem.

    Isto, acredite, é também um exercício de desapego. Não contabilizar benefícios faz parte da essência da verdadeira caridade.

    Se fizermos um bem a alguém, devemos fazê-lo por amor a Deus, pelo prazer de ser bom, pela alegria de ver os outros felizes.

    Fazer o bem simplesmente, sem esperar recompensa, sem aguardar retribuição.

    Foi isso o que Jesus nos ensinou.

    Pense nisso!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Espero que você seja...

Divertido

Joamar Zanolini Nazareth
Amigo, é necessário que não confundamos seriedade com cara fechada; que não confundamos maturidade com falta de senso de humor; que não confundamos responsabilidade com amargura; que não confundamos discernimento com “quadradice”; que não confundamos equilíbrio com covardia; que não confundamos bom senso com velhice...

Por vezes, caímos na armadilha de que para demonstrarmos responsabilidade precisamos “fechar a cara”, agir com rigor e nos esquecermos de sorrir. Ledo engano! As pessoas mais responsáveis que conheci em minha vida tinham jovialidade, distribuindo sorrisos, esbanjando alegria, dando até gargalhadas em alguns momentos.

A seriedade necessária para realizarmos as grandes obras de nossa vida é a seriedade interior, aquela que pensa antes de agir, que pesa os efeitos que decorrerão de nossos atos, que avalia os prejuízos ao nosso próximo. E pode normalmente vir acompanhada de alegria e ânimo, entusiasmo e vibração.

Sejamos divertidos, sabendo distribuir alegria de viver, e diante os momentos mais amargos, mesmo concentrados em encontrar a saída, deixemos em outrem a marca luminosa da confiança no Criador, buscando a solução com muito equilíbrio e satisfação, sem nunca perder a fé, caindo em desânimo e fragilidade.

Como é bom conversar com alguém otimista e confiante! Ser divertido é, portanto, ter “jogo de cintura”, superar os obstáculos, e prosseguir vivendo com desenvoltura, com entranhado amor pela vida. Lembre-se: sorrir é preciso...

(Joamar Zanolini Nazareth. Fonte: FEAL)

Você sabia?!

Você sabia...
 
Não existem penas e dores eternas.
Os Espíritos que praticaram atos prejudiciais podem se redimirem, corrigindo seus erros e escolhendo novos caminhos que os levem ao progresso evolutivo

segunda-feira, 31 de março de 2014

Revista Espírita: Os Profetas do Passado

Se os princípios que acabamos de citar não passassem de opinião pessoal do autor dessa obra, não mereceriam mais preocupação do que muitas outras excentricidades. Mas ele não fala apenas em seu nome; e o partido, do qual se torna órgão, não as desaprovando, lhe dá uma adesão tácita. Aliás, não é a primeira vez que, em nossos dias, essas mesmas doutrinas são preconizadas publicamente e é bem certo que estas ainda hoje constituem a opinião de certa classe de pessoas. Se se não comove bastante, é que a sociedade tem muita consciência de sua força para se amedrontar. Cada um compreende que tais anacronismos prejudicam, antes de tudo, aos que os cometem, porque cavam mais profundamente o abismo entre o passado e o presente: esclarecem as massas e as mantêm despertas.
Como se vê, o autor não disfarça o seu pensamento e não toma precauções oratórias; não vai por quatro caminhos: "Teria sido necessário queimar Lutero; teria sido preciso queimar todos os autores de heresias, para maior glória de Deus e salvação da religião". É claro e preciso. É triste para uma religião fundar a sua autoridade e sua estabilidade em semelhantes expedientes; ém mostrar pouca confiança em seu ascendente moral. Se a sua base é a verdade absoluta, ela deve desafiar todos os argumentos contrários; como o sol, basta que este se mostre para dissipar as trevas. Toda religião que vem de Deus nada tem a temer do capricho nem da malícia dos homens; ela aure a sua força no raciocínio; e se um homem tivesse o poder de a derrubar, de duas, uma: ou ela não seria obra de Deus, ou esse homem seria mais lógico do que Deus, desde que seus argumentos prevaleçam contra os de Deus.
O autor teria preferido antes queimar Lutero do que os seus livros, porque, diz ele, as cinzas destes caíram sobre a Europa como uma semente. Concorda, pois, que os autos de fé dos livros aproveitam mais à idéia que se quer destruir do que a prejudicam. Eis a grande e profunda verdade constatada pela experiência. Assim, queimar o homem lhe parece mais eficaz porque, em sua opinião, é parar o mal na fonte. Mas acredita ele que as cinzas do homem sejam menos fecundas que a dos livros? Refletiu em todos os rebentos que produziram as de quatrocentos mil heréticos queimados pela Inquisição, sem contar o número imensamente grande dos que pereceram em outros suplícios? Os livros queimados apenas dão cinzas; mas as vítimas humanas dão sangue, que faz marcas indeléveis e cai sobre os que o derramam. Foi desse sangue que saiu a febre de incredulidade que atormenta o nosso século e se a fé se extingue é que a quiseram cimentar pelo sangue e não pelo amor de Deus. Como amar um Deus que faz queimar os seus filhos? Como crer em sua bondade, se a fumaça das vítimas é um incenso que lhe é agradável? Como crer em seu poder infinito, se necessita do braço do homem para fazer prevalecer a sua autoridade pela destruição?
Dirão que isto não é religião, mas abuso. Se tal fosse, com efeito a essência do cristianismo, nada haveria a invejar ao paganismo, mesmo quanto aos sacrifícios humanos e o mundo pouco teria ganho com a troca. Sim, certamente é abuso; mas quando o abuso é obra de chefes que têm autoridade, que dela fazem uma lei e a apresentam como a mais santa ortodoxia, não é de admirar se, mais tarde, as massas pouco esclarecidas confundem o todo na mesma reprovação. Ora, foram precisamente os abusos que geraram as reformas, e os que as preconizavam colhem o que semearam.
É de notar que nove décimos de trezentas e sessenta e tantas seitas que dividiram o cristianismo desde a sua origem tiveram por objetivo aproximar-se dos princípios evangélicos. De onde é racional concluir que, se não se tivessem dele afastado, essas seitas não se teriam formado. E com que armas as combateram? Sempre a ferro e fogo, proscrições e perseguições. Tristes e pobres meios de convencer! Foi no sangue que as quiseram abafar. Em falta de raciocínio, a força pôde triunfar dos indivíduos, destruí-los, dispersá-los, mas não pôde aniquilar a idéia. É por isto que, com algumas variantes, nós as vemos reaparecer incessantemente, sob outros nomes ou sob novos chefes.
O autor desse livro, como se viu, é pelos remédios heróicos. Contudo, como teme que a idéia de queimar faça gritar no século em que estamos, declara "não se ater essencialmente à fogueira, desde que o erro seja suprimido na sua manifestação do momento e na sua manifestação contínua, isto é, o homem que o disse ou o escreveu, e que o chama verdade". Assim, desde que o homem desapareça, pouco lhe importa a maneira. Sabe-se que os recursos não faltam: o fim justifica os meios. Eis para a manifestação do momento; mas, para que o erro seja destruído na sua manifestação contínua, é necessário fazer desaparecer todos os aderentes que não tiveram querido render-se de boa vontade. Vê-se que isto nos leva longe. Aliás, se o meio é duro, é infalível para se desembaraçarem de toda oposição.
Tais idéias, no século em que vivemos, não podem deixar de ser importações e reminiscências de existências precedentes. Quando aos cordeiros que berram a liberdade, aí ainda está um anacronismo, uma lembrança do passado. Realmente outrora não podiam senão berrar; mas hoje os cordeiros tornaram-se grandes: não berram mais a liberdade; eles a tomam.
Entretanto, vejamos se queimando Lutero teriam detido o movimento, do qual foi o instigador. O autor não parece muito certo disto, pois que diz: "O mundo estaria salvo, ao menos por um século". Um século de espera, eis tudo o que teriam ganho! E por quê? Eis a razão.
Se os reformadores só exprimissem as suas idéias pessoais, não reformariam absolutamente nada, porque não encontrariam eco. Um homem só é impotente para agitar as massas, se estas estiverem inertes e não sentires em si vibrar alguma fibra. É de notar que as grandes renovações sociais jamais chegam bruscamente; como as erupções vulcânicas, são precedidas por sintomas precursores. As idéias novas germinam, fervem em muitas cabeças; a sociedade é agitada por uma espécie de frêmito, que a põe à espera de algo.
É nesses momentos que surgem os verdadeiros reformadores, que assim se vêem como representantes, não de uma idéias individual, mas de uma idéia coletiva, vaga, à qual o reformador dá forma precisa e concreta e só triunfa porque encontra os espíritos prontos a recebê-la. Tal era a posição de Lutero. Mas Lutero nem foi o primeiro, nem o único promotor da reforma. Antes dele houve apóstolos como Wicklef, João Huss, Jerôme de Praga. Estes dois últimos foram queimados por ordem do concílio de Constança; os hussitas, perseguidos tenazmente após uma guerra encarniçada, foram vencidos e massacrados. Os homens foram destruídos, mas não a idéia, que foi retomada mais tarde, sob outra forma e modificada nalguns detalhes por Lutero, Calvino, Zwingle etc. De onde é permitido concluir que, se tivessem queimado Lutero, isto para nada teria servido e nem mesmo dado um século de espera, porque a idéia da reforma não estava só na cabeça de Lutero, mas na de milhares de outras, de onde deveriam sair homens capazes de a sustentar. Não teria sido senão um crime a mais, sem proveito para a causa que o tivesse provocado. Tanto é certo que quando uma corrente de idéias novas atravessam o mundo, nada poderá detê-la.
Lendo tais palavras, julgar-se-iam escritas durante a febre das guerras religiosas, e não nos tempos em que se julgam as doutrinas com a calma da razão. 

Allan Kardec

Richard Simonetti: Astrologia

Astrologia

01 – Os astros governam nossa vida?
Apenas no imaginário popular, sempre propenso a aceitar fantasias sobre os mistérios do destino humano. Há pessoas especializadas em ler o nosso futuro na borra do café. ninguém perde dinheiro apostando na ingenuidade humana.

02 – Mas a Astrologia é milenariamente cultivada, situada como uma complexa ciência…
Para os sonhadores… Astronomia, esta sim, uma ciência, demonstra que os movimentos dos astros não guardam a mínima relação com o destino das pessoas.

03 – O fato de nascermos sob determinado signo, uma conjunção de astros no céu, no dia de nosso nascimento, não influi, de certa forma, em nossa personalidade, em nossa maneira de ser?
Nossa personalidade é fruto de experiências pretéritas, em vidas anteriores. Admitir que o indivíduo possa ser manso ou um troglodita, ter ouvido afinado ou não saber distinguir um fá de um dó, ter vocação para o estudo ou odiar livros, por influência astrológica é algo tão extravagante quanto a doutrina das graças, segundo a qual deus teria seus escolhidos para a salvação. e a justiça, onde fica?

04 – Como explicar o fato de que os horóscopos definem o perfil psicológico da pessoa, de conformidade com seu signo?
O perfil psicológico no horóscopo é feito de generalidades. as pessoas sempre se encaixam em algumas características apresentadas. Se consultarmos os doze signos do zodíaco verificaremos que em todos há algo de nossa personalidade.

05 – E quanto ao dia-a-dia? Há pessoas que lêem diariamente seu horóscopo com boa margem de acertos.
Também é feito de generalidades. Algo como dar tiros no escuro. Alguns atingirão o alvo. considere, ainda, que sob influência do horóscopo as pessoas criam condicionamentos. Digamos que eu leia que o dia não me será favorável; terei dissabores e contrariedades. admitindo essa idéia assumirei uma postura negativa que me levará a ver dissabores e contrariedades nas rotinas diárias e até contribuir para que aconteçam.

06 – E poderia ser o contrário?
Exatamente. Se eu me convenço, porque li no horóscopo, de que meu dia será maravilhoso, assim tenderá, porquanto estarei estimulado a cultivar o bom humor, convicto de que tudo correrá bem.

07 – Seria tudo condicionado ao poder de nossa mente?
Isso é elementar. Por isso a recomendação basilar do oráculo de delfos, não é: “homem, conhece a astrologia”. Recomenda “homem, conhece-te a ti mesmo”. Na medida em que nos aprofundarmos nesse imenso universo que é a nossa alma, decifraremos com muito mais propriedade o nosso destino.

08 – E a opinião do Espiritismo?
No livro A Gênese, capítulo 7, Allan Kardec destaca a impropriedade da Astrologia, abordando fatos científicos. A pá de cal sobre o assunto está na questão 867, de O Livro dos Espíritos. Pergunta o codificador: Donde vem a expressão: Nascer sob uma boa estrela? Respondem os espíritos mentores, incisivamente: Antiga superstição, que prendia às estrelas os destinos dos homens. Alegoria que algumas pessoas fazem a tolice de tomar ao pé da letra.



domingo, 30 de março de 2014

Cuidados com o corpo: Saúde ou Estética?

Cuidados com o corpo: Saúde ou Estética?

 
Olá amigos!!
 
Na sociedade atual, é comum busca pela beleza física a qualquer preço, muitas vezes causando sérios danos a saúde.
Os jovens são os mais afetados com esta busca pelo culto ao corpo sem responsabilidade.
Vou deixar abaixo, para facilitar nossa papo, textos para conversarmos sobre esta questão.

 
TEXTO 1
 
Netinho canta na TV e diz que anabolizantes causaram doença: 'Errei e assumo as consequências"
Cantor revelou que usou anabolizantes entre 2008 e 2011 e fez um apelo aos jovens para que eles não consumam estas substancias
 
Netinho fez uma emocionante participação no Domingão do Faustão neste domingo, 2. O cantor não conteve o choro ao ser ovacionado pela platéia do programa e se comoveu  com depoimentos de amigos como Ivete Sangalo, Claudia Leitte e sua filha, Bruna.

Pai você e muito importante pra mim e eu não consigo mais imaginar a minha vida sem você”, afirmou a garota de 15 anos.

O cantor revelou como foi a sua relação com os anabolizantes, culpados pelo seu grave estado de saúde em 2013, quando ele teve que passar por uma cirurgia para remover um abcesso (acúmulo de pus numa cavidade anormal do corpo) no fígado.

“ O que quero dizer pra todos antes de contar minha história é que sou ser humano como qualquer um. Errei, não quero por a culpa em ninguém, assumo todas as consequências e estou arcando aqui com qualquer circunstância. Em 2008, eu quis fazer reposição hormonal. Fui ao melhor médico, considerado o melhor endocrinologista na época. Chegando lá, disse a ele o que eu queria, ele receitou uma bateria de exames.  Depois disso, ele me deu receita de reposição hormonal e outra com dois anabolizantes e eu sabia o que era, não era menino ingênuo.  Assumo, tomei anabolizantes, eu tinha receita, comprava com receitas.Em 2011, eu parei de tomar pois não estava mais fazendo efeito, a pessoa fica muito gigante e não era isso o que eu queria”.
Após revelar como foi o seu consumo de anabolizantes, o cantor fez um apelo aos jovens que desejam ficar fortes.
Quero dizer a todos os jovens que malham, que estão na academia, que parem de tomar anabolizantes, pois não faz bem algum. Isto não presta, mata aos poucos”.
 
Relembre o caso
Netinho foi internado na UTI do Hospital Aliança, em Salvador, no dia 24 de abril  de 2013 após sentir fortes dores abdominais. No dia 5 de maio, ele sofreu uma inflamação em um hematoma e precisou passar por uma cirurgia para remover um abcesso (acúmulo de pus numa cavidade anormal do corpo) no fígado. O seu estado de saúde piorou e ele teve que respirar com ajuda de aparelhos. Devido à gravidade de seu quadro, a família o transferiu para o hospital Sírio Libanês, em São Paulo, no dia 10 de maio. No local, ele começou a sua reabilitação, com sessões de fono, fisioterapia e natação, para melhorar o seu condicionamento físico. Netinho recebeu alta hospitalar no dia 20 de agosto. E no dia 9 de outubro ele seguiu para Salvador, Bahia, para continuar o tratamento em sua casa.
 
 
 
TEXTO 2
 

No ES, mulher faz dieta líquida por 8 meses e perde movimento das pernas

 
Karine Gonçalves, uma capixaba auxiliar de laboratório de 20 anos, tinha a meta de perder 10 quilos até o Carnaval 2014. Mas ela teve seus planos frustrados por conta da dieta a base de "shakes" e chás: a mudança alimentar fez com que ela perdesse temporariamente os movimentos das pernas. O motivo? A falta de vitamina B1 no organismo fez com que ela contraísse beri-beri, conforme informa o portal G1.
A capixaba superou a meta estabelecida por ela, ao perder 13 quilos dos 79 quilos que ela pesava antes de começar a dieta. Hoje, ela se arrasta pela casa e só consegue se movimentar com a ajuda da mãe. No café da manhã, ela comia pão light e leite. No almoço e jantar, o shake e chá. Essa foi a única alimentação de Karine por cerca de oito meses. Tudo foi feito sem orientação médica.
O desfecho da história assustou a família, apesar dos alertas da mãe de Karine. A moça passou por oito médicos de quatro hospitais diferentes até ter a doença diagnosticada. A falta de vitamina B1, presente no arroz, legumes e verduras, afetou o sistema nervoso de Karine. Com isso, as pernas de Karine pararam de receber estímulos nervosos. Em 10 dias, Karine deve voltar a andar, mas vai precisar de tratamento e reeducação alimentar. Que susto, hein?
 
Fonte:
 
QUADRINHOS
 
TEXTO 3 – Do Livro Missionários da Luz – pelo Espírito André Luiz – cap.12
 (Estes trechos esclarecem sobre o planejamento reencarnatório de dois Espírito)
 
Estudo de Caso – Nº1
- Pode informar se o meu modelo está pronto? - Creio que poderá procurá-lo amanhã - tornou Manassés, bem disposto -; já fui observar o gráfico inicial e dou-lhe parabéns por haver aceitado a sugestão amorosa dos amigos bem orientados, sobre o defeito da perna.
Certamente, lutará você com grandes dificuldades nos princípios da nova luta, mas a resolução lhe fará grande bem.
- Sim - disse o outro, algo confortado -, preciso defender-me contra certas tentações de minha natureza inferior e a perna doente me auxiliará, ministrando-me boas preocupações.
Ser-me-á um antídoto à vaidade, uma sentinela contra a devastação do amor-próprio excessivo.
- Muito bem! - respondeu Manassés, francamente otimista.
 
Estudo de Caso – Nº2
Ia dizer de minha profunda surpresa, diante do mecanismo de introdução ao serviço reencarnacionista, quando outra irmã se acercou de nós, procurando por Manassés.
Depois das saudações afetivas, explicou-se ela, gentil, dirigindo-se ao meu novo amigo:
- Desejo sua obsequiosa interferência na retificação do meu plano.
E abrindo pequeno mapa, onde se via desenhado com extrema perfeição um organismo de mulher, acentuou:
- Veja bem o meu projeto para o sistema endocrínico. Sei que os amigos me favoreceram, planejando-o com muita harmonia nas menores disposições; entretanto, desejaria modificações...
- Em que sentido? - indagou o interpelado, surpreso.
A recém-chegada indicou os pontos do projeto onde se localizava o colo e falou:
- Fui advertida por benfeitores daqui, no sentido de não me apresentar na Crosta, dentro de linhas impecáveis para a forma física e, em razão disso, para que eu tenha mais probabilidades de êxito em meu favor, na tarefa que me proponho desempenhar, estimaria que a tireóide e as paratireóides não estivessem tão perfeitamente delineadas. Como sabe, Manassés, minha tarefa não será fácil. Devo reaver um patrimônio espiritual de grandes proporções. Preciso fugir de qualquer possibilidade de queda e a perfeita harmonia física me perturbaria as atividades.
O novo companheiro endereçou-me expressivo olhar e disse-lhe:
- Tem razão. A sedução carnal é imenso perigo, não só para aqueles que emitem a sua influenciação, como também para quantos a recebem. - Prefiro a fealdade corpórea – tornou ela. - Não estou interessada num corpo de Vênus e, sim, na redenção de meu espírito para a Eternidade. Manassés prometeu interpor os seus bons ofícios, e, tão logo se despediu da nova interlocutora, passou a mostrar-me as mais interessantes figurações de órgãos do corpo humano.
Admirava, tomado de profunda impressão; aqueles gráficos numerosos que se alinhavam, com absoluta ordem, demonstrando o cuidado espiritual que precede o serviço de reencarnações, quando o meu amigo ponderou:
- A medicina humana será muito diferente no futuro, quando a Ciência puder compreender a extensão e complexidade dos fatores mentais no campo das moléstias do corpo físico.
Muito raramente não se encontram as afecções diretamente relacionadas com o psiquismo.
Todos os órgãos são subordinados à ascendência moral. As preocupações excessivas com os sintomas patológicos aumentam as enfermidades; as grandes emoções podem curar o corpo ou aniquila-lo. Se isso pode acontecer na esfera de atividades vulgares das lutas físicas, imagine o campo enorme de observações que nos oferece o plano espiritual, para onde se transferem, todos os dias, milhares de almas desencarnadas, em lamentáveis condições de desequilíbrio da mente. O médico do porvir conhecerá semelhantes verdades e não circunscreverá sua ação profissional ao simples fornecimento de indicações técnicas, dirigindo-se, muito mais, nos trabalhos curativos, às providências espirituais, onde o amor cristão represente o maior papel.
 
Um abraço a todos, Karina.