sábado, 1 de setembro de 2012

Mural Reflexivo: Cabos e luzes em uma caixa

Cabos e luzes em uma caixa
 
Há cerca de 50 anos, um discurso tornou-se célebre no ambiente de rádio e telejornalismo americanos.
Tratava-se da fala do âncora Edward Murrow sobre rádio e televisão.
As transmissões de TV ainda davam seus primeiros passos, e traziam à tona muitas discussões no que dizia respeito à programação, e ao objetivo dessa nova mídia na época.
Na ocasião, o jornalista da rede CBS falou a uma grande platéia de membros e diretores das principais empresas do setor, nos Estados Unidos.
Afirmou que, se dentro de meio século, historiadores analisassem vídeos das grandes redes americanas, encontrariam provas da decadência, escapismo e alienação das realidades do mundo que vivemos.
No discurso, que ficou conhecido como Cabos e luzes em uma caixa, Murrow expressava receio de que o poder do rádio e da TV fosse usado de maneira danosa à sociedade e à cultura.
Especialmente sobre a TV, ele foi ainda mais fundo.
Disse ele: Este veículo pode ensinar, iluminar. Sim, pode até inspirar. Mas só pode fazê-lo se os seres humanos estiverem determinados a usá-lo para estes fins.
De outro modo - acrescentava ele - são meramente cabos e luzes em uma caixa.
O âncora ainda acrescentou: Há uma grande batalha e talvez decisiva, a ser travada contra a ignorância, a intolerância e a indiferença. Esta arma, a televisão, poderia ser útil.
* * *
Meio século se passou, e como estamos em relação a esta questão no mundo?
A televisão passou a fazer parte da vida diária de bilhões de pessoas.
Porém, será que está sendo utilizada com estes fins nobres, idealistas, apontados pelo jornalista?
Será que colocamos estas descobertas da ciência, as novas facilidades na obtenção de informação, rapidez de comunicação, a serviço de nossa evolução moral?
Ou tudo isso, em grande parte, foi seduzido pelo antigo desejo do homem velho, de ter cada vez mais e mais?
É importante que reflitamos.
Deus permite que conquistemos as melhorias materiais das ciências, da tecnologia, do conhecimento, com um único fim: o nosso crescimento moral.
São instrumentos que facilitam a vida material do homem - ou, deveriam facilitar - para que este se preocupe mais com a conquista das virtudes da alma.
A verdade é que acabamos nos hipnotizando pela caixa com cabos e luzes. De meio, de instrumento, ela virou veículo de alienação, de escapismos.
E assim vimos fazendo com tantas outras conquistas da tecnologia, pois a alma humana ainda está vazia, perdida.
Vale a pena repensar tudo isso. Vale a pena procurar saber se não estamos alimentando uma indústria de inutilidades mil.
A mudança deste panorama virá de cada um de nós, primeiramente como receptores mais exigentes que precisamos ser.
Depois, como transmissores, na esfera que nos caiba, desta idéia de que todos estes meios de comunicação devem ser veículos do bem.
É tempo de despertar, mudar de canal ou desligarmo-nos das tomadas do mundo, e nos religarmos a Deus e aos nossos objetivos maiores aqui.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 8, ed. Fep.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Sintetizador de pensamentos permite escrever com a força da mente

Sintetizador de pensamentos permite escrever com a força da mente

Redação do Diário da Saúde

Leitura da mente
Cientistas têm relatado avanços seguidos em uma área que dificilmente escapa da descrição de leitura da mente.
Alguns experimentos já saíram dos hospitais, sendo utilizados até para permitir que um motorista freasse um carro sem tomar nenhuma ação motora.
Agora, uma equipe da Universidade de Maastricht, na Holanda, usou a técnica para fazer com que uma pessoa totalmente paralisada fisicamente se comunicasse usando apenas o cérebro.
Eles criaram um "sintetizador de pensamentos".

Comunicação mental
Bettina Sorger e seus colegas partiram dos resultados obtidos pela equipe de Adrian Owen, que estabeleceu uma comunicação mental com um paciente em estado vegetativo em 2010.
"O trabalho de Owen me fez pensar se seria possível usar fMRI, tarefas mentais e um aparato experimental adequadamente projetado para codificar livremente os pensamentos, letra por letra," disse Bettina.
fMRI, ou imageamento por ressonância magnética funcional, é uma técnica usada para acompanhar o que está acontecendo no cérebro por meio do rastreamento do fluxo sanguíneo para as diversas partes do órgão.
E deu certo.

Leitura do cérebro
Os pacientes aprenderam a gerar diversos padrões, correspondentes às diversas letras e a uma barra de espaço.
Ou seja, é como se os pacientes "digitassem mentalmente" seus pensamentos.
Para cada letra, os participantes precisam executar uma tarefa mental diferente por um determinado período de tempo.
As tarefas - que incluem falar consigo mesmo, imaginar um movimento e fazer um cálculo mental - foram escolhidas porque é possível identificá-las com precisão no exame de fMRI. Hoje ainda não é possível, por exemplo, identificar quando a pessoa pensa em um "A" ou em "B".
As três tarefas foram combinadas com durações de cada tarefa e com a demora para iniciar a execução de cada uma delas. Assim, 3 tarefas, com 3 durações diferentes, iniciadas em três tempos diferentes, perfazem 27 possibilidades: as 26 letras mais o espaço.
Não se trata, portanto, a rigor, de leitura da mente, no sentido de que uma máquina estaria lendo os pensamentos, mas de uma leitura do cérebro: o paciente deve executar, intencionalmente, tarefas mentais que o exame de fMRI decodifica como sendo cada uma das letras.

Sintetizador de pensamentos
A técnica ainda é incrivelmente lenta: leva cerca de uma hora para uma "conversa" consistindo de duas perguntas e duas respostas.
Mas o avanço é significativo em relação à "comunicação de múltipla escolha" feita até agora, quando os pacientes apenas podiam marcar sim ou não a perguntas que lhes eram feitas.
Agora o paciente pode se comunicar livremente, mostrando sua mensagem letra por letra.
Isto pode fazer toda a diferença para pessoas completamente paralisadas, que não conseguem se beneficiar de outras técnicas de comunicação.

Prática
Os cientistas sabem que é pouco prático usar a fMRI para conversar com os pacientes, uma vez que estes são equipamentos caríssimos e enormes, e que estão disponíveis apenas em alguns poucos centros médicos.
Por isso, a Dra. Bettina afirma que, agora que se demonstrou que a técnica funciona, ela e seus colegas vão tentar executá-la com equipamentos e exames mais simples, como a espectroscopia funcional no infravermelho próximo (fNIRS).
Notícia publicada no Diário da Saúde, em 3 de julho de 2012.

Claudio Conti* comenta
Os avanços nesta área estão acontecendo de uma forma gradual, mas constante. Com certa frequência, são divulgadas, nos meios de comunicação, descobertas e possibilidades novas. Sem sombra de dúvidas que é uma possibilidade muito promissora e que, uma vez estabelecida, será uma ferramenta fundamental para muitos que se encontram impossibilitados de realizar alguma tarefa, decorrente das mais variadas limitações físicas e/ou mentais. A ciência bem aplicada deve servir para auxiliar a humanidade no que for possível, especialmente nos casos em que minimize sofrimentos e limitações na qualidade de vida. A encarnação consiste em nos desenvolvermos intelectualmente, superando as dificuldades que ela impõe e, nesta caminhada, auxiliar o próximo.
Todavia, é importante ressaltar que existe, muitas vezes, certa confusão entre "mente" e "cérebro" e os conceitos se confundem, tomando um pelo outro. Na reportagem em questão, esta diferença é explicada, apesar da ambiguidade do uso, mas a grande maioria não apresenta a distinção. Estas pesquisas detectam ondas cerebrais ou ativação de áreas do cérebro, que são distintas das ondas mentais. As ondas cerebrais são decorrentes dos processos que ocorrem no cérebro, variado em frequência. Assim, cada frequência corresponderia a um processo que seria decodificado pelo equipamento. Em contrapartida, as ondas mentais são exteriorizações decorrentes dos processos mentais e podem irradiar a grandes distâncias, carregando consigo a informação inerente ao processo que deu origem. As ondas mentais corresponderiam ao que é denominado de "pensamento" pela Doutrina Espírita, quando, por exemplo, Kardec diz que "para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem." (A Gênese, Capítulo XIV.)
As ondas mentais ainda não são detectadas por instrumentos. Os seus efeitos são percebidos de outras formas mais subjetivas. Vários experimentos foram realizados utilizando sensitivos e um experimento em particular é muito conhecido, chamado de "dupla fenda", onde elétrons se comportam diferentemente dependendo da ação ou não de um observador para uma mesma configuração. Muitos destes estudos são debatidos no livro Entangled Minds: Extrasensory Experiences in a Quantum Reality (Mentes Entrelaçadas: Percepção Extra-sensorial em uma Realidade Quântica - tradução livre), escrito por Dean Radin.
* Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Pergunta feita: Visões...

Tenho visões onde aparece uma pessoa estranha... O que será isso? Também tenho uma espécie de sexto sentido, sei das coisas antes mesmo delas acontecerem. Isso é normal?

- É provável que você seja portadora de uma faculdade, que a Doutrina Espírita chama mediunidade. As visões de seres que não pertencem a esse mundo material são muitas vezes o contato com Espíritos: Seres como nós, no entanto sem o corpo físico. A mediunidade é uma faculdade humana. Da mesma forma que temos memória, inteligência, temos mediunidade. Todos somos médiuns de uma forma geral, todos estamos em contato com os Espíritos e somos por eles influenciados. A mediunidade pode ser considerada um "sexto sentido", ou seja, um sentido além dos 5 sentidos físicos. Mas não é um um privilégio da criatura. Quanto à "saber do futuro", ocorre que às vezes nós mesmos sintonizamos com determinadas faixas dos acontecimentos, e conseguimos vislumbrar ocorrências futuras. Isso é uma faculdade parapsicológica, ou seja, anímica, da própria pessoa. Quando um Espírito avisa ao médium de acontecimentos futuros, aí já é mediunidade, a pessoa recebeu do mundo espiritual a informação. No entanto, vale sempre lembrar que o futuro pertence a Deus.

Não se preocupe, isso é normal! Se você for um pouco mais jovem, talvez estejas travando contato com fenômenos que para você são novos. Recomendamos que procure uma casa espírita perto de onde você mora. A mediunidade é uma aptidão que deve ser educada. E o melhor local para se educar a mediunidade é o Centro Espírita. Se no Hospital existem as melhores condições para se realizar uma cirurgia, o Centro Espírita é o local onde se possui a melhor técnica de se orientar a mediunidade. Sugerimos a prática do Evangelho no Lar. É um trabalho simples: escolhemos alguns minutos por semana e nos reunimos com todos aqueles que vivem conosco, para o aprendizado das lições de Jesus. Recomendável seja feito esse estudo no mesmo dia da semana e horário. Iniciamos com uma prece espontânea, abrimos uma página do Evangelho e lemos, em voz alta, alguns trechos, comentando-os em seguida. Se seus familiares não quiserem participar da leitura, não desanime. Prossiga fazendo a leitura e reflexão do Evangelho, pois os bons espíritos e Jesus estarão te amparando.


(fonte: Espiritismo.Net)

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Depressão na Adolescência

Depressão na adolescência

Sexta-feira, 13 de julho de 2001, 19h00min.


O Jornal da Lilian promoveu um chat sobre a depressão na adolescência. Durante o programa, Lee Fu I, médica Supervisora do Serviço de Psiquiatria Infantil e da Adolescência, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo, disse que apesar de os adolescentes terem muita oscilação de humor, a depressão como doença é muito comum. Segundo a médica, não existem estatísticas do número destes casos, mas dos adolescentes que procuram o serviço que ela supervisiona, cerca de 30% ou 40% apresentam esse diagnóstico.

De acordo com a médica, a identificação da depressão é bastante complicada. Por exemplo, nos adolescentes que são depressivos desde a infância não há como perceber os sintomas com tanta clareza. “Muitas vezes, os pais pensam: ele sempre foi assim quietinho”, comentou. Aos demais, o principal sintoma é a mudança constante de comportamento e opinião. “Essas mudanças são comuns nesta idade, principalmente quando se tem algum fator justificante – como término de namoro e separação dos pais – mas é notável uma melhora gradativa. Quando não há essa melhora e o adolescente não consegue reagir pode ser um sintoma de depressão”. Ainda segundo a médica, fora isso a depressão ainda traz alterações no sono, no apetite e na concentração.

A médica disse que a preocupação, em relação a depressão da criança ou do adolescente deve ser levada em conta quando os pais começam a perceber que o filho (a) não quer mais fazer a atividades que davam prazer. Ela cita, por exemplo, a dança. “Quando a garota, que sempre gostou de sair para dançar, olha para o armário e diz que está cansada, sem nenhuma vontade de escolher a roupa que vai sair e acaba ficando em casa pode ser apenas um cansaço, mas se essa atitude se repete por várias semanas isso é um sinal de depressão”. E os sintomas também podem ser desencadeados pela perda: de um avô (que morreu), de um namorado ou de um animal de estimação. A depressão é um conjunto de sintomas: mau humor, falta de prazer, alterações fisiológicas tanto no sono como no apetite. Os adolescentes dormem demais. As garotas geralmente têm muito apetite e engordam e os garotos emagrecem. Há, também, muita falta de concentração, inquietude, ansiedade e muita tristeza.


Outros tipos de transtornos

A depressão é diferente da ansiedade de separação – o adolescente não sai de casa, porque tem medo de ficar longe do pai ou da mãe.

Há ainda o Transtorno de Oposição Desafiante, que é quando os adolescentes contestam todo tipo de autoridade. Ele não aceita conselho de ninguém.

E a esquizofrenia que começa com sintomas depressivos como: ficar quieto, não fazer atividades que fazia normalmente, ficar isolado. Mas a causa desses sintomas não é a tristeza como acontece quando a pessoa está depressiva. O esquizofrênico passa a ter problemas no raciocínio ou de alucinações. Então, enquanto um depressivo não come porque está triste o esquizofrênico pode achar que a comida está envenenada, por exemplo. A esquizofrenia é uma doença mais grave que a depressão e requer um outro tipo de tratamento.

Há também o Transtorno Bipolar, conhecido antigamente como psicose maníaco depressiva. A pessoa tem um tipo de transtorno de humor que leva a ter crise de depressão e de euforia alternados.

Um internauta fez a seguinte pergunta ao Lilian Responde – Meu filho de 22 anos está com depressão: desânimo, sempre diz não a qualquer convite, deixou a escola e o trabalho (aos poucos), pensa que todos estão contra ele no trabalho, não pratica esporte, não toma sol etc. Como levá-lo ao médico se ele acha que nada vai adiantar?

Resposta – Ele perdeu a esperança. E deve estar muito pessimista. Ela dá um exemplo. É o raciocínio que se faz de um copo d’água. Ele pode estar muito cheio ou meio vazio, depende do otimismo ou do pessimismo de quem analisa. O fato dele achar que todos estão contra ele no trabalho pode fazer concluir que todo mundo está contra ele inclusive fora do trabalho. Então, o papel da família é fundamental e precisa ser muito incisivo. Os familiares precisam dizer que só querem ajuda-lo, querem tira-lo dessa situação e que para isso ele precisa procurar ajuda profissional, aceitar esse tipo de ajuda. E também devem ficar atentos para que ele não se descuide da alimentação, ou não tenha explosões que mostrem um comportamento muito diferente do normal dele. Enfim, a família precisa encontrar uma forma de leva-lo ao médico. O exercício físico também é importante porque ajuda a sair da depressão.


Confusão

A dra. Lee contou um caso de uma garoto de 4 anos e meio que ganhou um irmão. A mãe dele precisou ficar internada durante 10 dias no hospital. Ele sentiu a separação repentina. Quando ela voltou para casa levou um bebê, que acabava recebendo mais atenção dos pais do que ele que tinha 4 anos. Esse menino começou a ficar tão deprimido que não falava mais, não brincava, na escola ficava completamente isolado. Quando ele foi consultado pela dra. Lee ela chegou até pensar em autismo porque ele só queria ficar no mundo dele e passou a regredir em vez de progredir. Depois de muita insistência ele atendeu ao apelo da médica e fez um desenho de um rosto triste. E assim ela descobriu que se tratava de uma depressão e passou a trata-lo. Hoje ele está com 12 anos e leva uma vida normal completamente curado.


Separação dos pais

A separação dos pais não é uma causa fundamental para a depressão dos filhos, mas é uma causa precipitante. Quando a separação é bem resolvida os filhos entendem e dificilmente a criança entra em depressão. Mas há fatores que tornam o adolescente ou a criança mais vulnerável a depressão: herança genética; fator ambiental conviver, por exemplo, com pessoas deprimidas ou os pais são deprimidos; criança com menos de 10 anos de idade que começa ter quatro ou cinco sintomas depressivos como: pensamentos suicidas, choram demais, alteração do sono ou do apetite. E se os pais (ou um deles) estiverem deprimidos precisam de tratamento. A dra. Lee conta “Eu digo para os pais eu preciso encostar (ancorar) o seu filho em alguém saudável para que ela possa se recuperar”.

Um internauta perguntou ao Lilian Responde - Tenho depressão e estou tratando há 12 anos, estou bem melhor, não tenho aquela depressão, mas tenho que tomar remédio para melhorar, fiz uso de drogas na juventude e isto estragou minha carreira.

Resposta – Olha, um tratamento há 12 anos e sem muito efeito é necessário ser avaliado. E também diagnosticar se é depressão ou distimia (uma mini depressão) que é mau humor, alteração do sono e que pode durar por dois anos.

Segundo a dra. Lee cerca de 30 a 40% da população mundial vai ter ou já teve sintomas depressivos. E não se sabe, ainda, se as pessoas usam drogas por causa de uma depressão ou se ficam deprimidas porque utilizam drogas. Cerca de 30% dos adolescentes depressivos que procuram ajuda profissional confessam, depois de um tempo de tratamento, que estavam ou usam drogas.

Um adolescente quer novas experiências então ele começa a freqüentar um novo tipo de religião, a praticar asa delta, ou utilizar droga. E essas experiências causam grandes oscilações de humor e às vezes até atitudes agressivas com os outros ou com ele mesmo.

Um internauta pergunta ao Lilian Responde – Sou separado há 2 anos tenho 2 filhos (8 anos e 15 anos), sinto meu filho menor muito triste quando o entrego para a mãe, ele é muito apegado a mim. Percebo também um certo desanimo nos afazeres que a mãe pede. Isso é um sintoma depressivo? Como devo proceder? Poderiam me indicar algum especialista?

Resposta – Seria aconselhável procurar um profissional e conversar com os filhos o significado da separação. O que representa para eles.

Um internauta pergunta ao Lilian Responde - Meu filho tem 11 anos e está na sexta série. Ele está apresentando problemas de concentração nas aulas, conforme o relato dos professores. Gostaria de saber se tem alguma ligação com o fato dele não viver junto comigo. Qual a saída para tratar a situação? Temos um bom relacionamento, mas eu sinto insegurança por parte dele. Será que é depressão?

Resposta – Um aviso da escola é importante. Há sintomas depressivos internalizados como a raiva, a angústia, o ódio e os externalizados que são comportamentais. Talvez tenha sido por isso que o professor notou a falta de concentração. É importante verificar quando começou essa desatenção. Foi quando os pais se separaram? Foi quando os pais começaram a brigar (se houve briga, discussão)? Vale a pena conversar com a criança e conferir com ela. Mas seja persistente porque a criança de 11 anos está em uma faixa etária de difícil diagnóstico. “Precisa tirar com saca rolha”.

Uma internauta pergunta ao Lilian Responde – Estou separada há 5 meses. Qual o momento certo para apresentar meu novo namorado aos meus filhos: um menino de 8 anos e duas meninas uma de 5 e outra de 3 anos, sem que acarrete insegurança ou problemas para eles?

Resposta – Depende da relação que você tem com seus filhos. Depende, também, de como eles estão vivendo a separação e como é a relação com o pai deles. É difícil dar uma opinião. Mas não esconda nada de seus filhos. Deixe claro que você está saindo com outro homem para ter um encontro. Isso é diferente de apresenta-lo as crianças. Uma coisa é elas saberem que você está saindo outra bem diferente é eles ficarem cara a cara com ele sem estar preparados.

Uma internauta que mora em Miami pergunta ao Lilian Responde – Sofro de depressão e tomava olcadil e limbitrol no Brasil. Mas agora estou nos USA, e não sei o que fazer. Um médico aqui me passou welbutrim, mas estou com medo de tomar, não estou totalmente com depressão, mas às vezes sinto alguns sintomas, você conhece esse remédio?

Resposta – Não temos esse medicamento no Brasil. Ele é um antidepressivo da nova geração. O olcadil é um ansiolítico. E o limbritol não vai ser encontrado nos Estados Unidos. O welbutrim tem um bom conceito, mas eu não conheço. Eu acho que vale a pena tentar conversar com um médico aí nos Estados Unidos.

Ter depressão de vez em quando significa continuar em depressão é a chamada depressão prolongada.

Um internauta pergunta ao Lilian Responde – Sofro de depressão crônica. Um sentimento muito grande de impotência diante da vida. Procurei e ainda utilizo os serviços de médicos psiquiátricos, mas é totalmente inútil. Existe algo que possa fazer para levar uma vida sem coisa ruim que se apoderou de minha vida?

Resposta – Eu não sei como é está sendo o seu tratamento.Talvez seja o momento de fazer uma nova avaliação. Há estudos que indicam que de 30 a 40% da população mundial irão ter, pelo menos, uma vez ao longo da vida depressão. E hoje em dia é fácil tratar. Há linhas básicas:

a) psicanálise (é a mais demorada leva de 2 a 3 anos)
b) terapia cognitiva
c) terapia comportamental
d) orientação familiar
e) medicação

E uma delas é utilizar terapia (cognitiva ou comportamental) mais a medicação que poderá ser feita pelo mesmo profissional.

A dra. Lee recomenda, para quem está com problemas financeiros, as unidades de psicologia e de psiquiatria dos Hospitais Universitários, geralmente de faculdades públicas. Ou procurar por entidades, como a Sociedade Paulista de Psicodrama, que tem tratamento muito acessível de acordo com as condições financeiras das pessoas. Ela também disse que hoje, no HC em São Paulo, é possível marcar consulta para o mês de agosto. “E ninguém precisa chegar às 5 da manhã. Basta chegar às 07h00 e será atendido ou encaminhado”.

No Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas há grupos que tratam da: depressão em crianças e adolescentes, hiperatividade, alimentação (bulimia e anorexia), psicose, esquizofrenia, ansiedade e outros.


Confira a íntegra do bate-papo:

Manuela pergunta: Eu gostaria de saber se crianças de zero a três anos podem se deprimir e quais os sintomas? Dizem que a excitação exagerada pode ser um sintoma de depressão. Isso é verdade?

Resposta para Manuela: A excitação exagerada pode ser um dos indícios da hiperatividade que é uma das patologias relacionadas com a depressão. Para identificar os sintomas na depressão nessas crianças é muito difícil. Deve-se verificar se houve uma mudança de comportamento - por exemplo, chorar muito, brincar menos, atrasar na aquisição da fala, restringir suas respostas aos estímulos externos. Os sintomas de tais crianças são bastante semelhantes ao do autismo: eles não olham nos olhos e vivem trancados em seu mundo.

Any pergunta: Boa tarde. Tenho 16 anos e gostaria de saber como controlar a famosa TPM, já que mensalmente fico profundamente deprimida?

Resposta para Any: A TPM (tensão pré-menstrual) é mais ligada a uma reação fisiológica hormonal do que à depressão. Trata-se de uma ação hormonal que causa alteração de humor. O organismo de quem tem TPM tem uma sensibilidade a essas alterações que são consideradas normais. A vitamina B12 auxilia no tratamento da síndrome. Mas o ideal é que a mulher tenha conhecimento pleno do que acontece com seu corpo para entender as reações. Pode-se também procurar um apoio profissional para que receite uma medicação como o uso de antidepressivos, porque esses interferem no neurotransmissores.

Pedro pergunta: Estou deprimido porque meu pai e minha mãe se separaram. O que eu faço?

Resposta para Pedro: Mudanças dentro de casa são fatores importantes para desencadear uma depressão. É uma perda que leva um longo processo de adaptação. A resposta que o adolescente deve buscar é: O que representa os pais juntos ou separados? E essa resposta vai depender de muita coisa: do relacionamento que ele tinha com cada um, de como foi o processo, de como estava a situação antes etc. Agora, fora isso, se houver alterações no sono, apetite ou concentração o melhor mesmo é procurar ajuda profissional. Conversar com os pais é também recomendado. Muitas dúvidas podem ser esclarecidas.

Italo pergunta: Prezada dra. Lee! Penso, de um modo geral e em sentido amplo, que a depressão na adolescência - nos dias de hoje, está ligada ao desvio e inversão de valores da sociedade; do bombardeio do jovem ao consumismo desenfreado e à mídia de uma maneira geral, que perturba a mente juvenil, que biologicamente já vive um conflito transitório.

Resposta para Italo: Isso só é uma parte do problema. Assim como a deficiência moral também o é. Mas a depressão não surge apenas motivada pelo meio. Por exemplo, a falta de esperança é um dos grandes fatores também e muitas vezes nem ligada ao sentido material. Outro exemplo são aqueles casos onde a família é ótima e bem estruturada e tem uma criança depressiva.

Erica pergunta: Quando o adolescente percebe que esta entrando em uma depressão qual é a melhor maneira de procurar ajuda?

Resposta para Érica: O primeiro passo é tentar encontrar alguém que te entenda. Não é tão raro achar isso dentro de casa, na própria figura do pai ou da mãe. Se não encontrar, pode-se buscar um apoio profissional, como um terapeuta ou psicólogo. Fora isso, podem ser tomadas outras medidas como fazer o que gosta de fazer, praticar esportes e lembrar sempre de coisas boas.

Se você desejar mais informações ou quiser tirar dúvidas escreva para o Lilian Responde e nós encaminharemos a sua pergunta para a dra. Lee Fu I. Ela se comprometeu a responder uma a uma e nós a enviaremos a você.

Ou se você se interessar em participar de pesquisas na área da psiquiatria poderá ligar para o bip (11) 5508-0737 – código 1005830.
 
(fonte do artigo: Espiritismo.Net)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Pai condenado a pagar R$ 200 mil por abandono afetivo de filha em SP apresenta recurso ao STJ

Pai condenado a pagar R$ 200 mil por abandono afetivo de filha em SP apresenta recurso ao STJ

Do UOL, em São Paulo

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) informou nesta terça-feira (5) que o pai condenado por dano moral por conta de abandono afetivo de uma filha recorreu da decisão. Ele havia sido condenado pelo STJ, em abril deste ano, a uma indenização de R$ 200 mil.

Segundo o STJ, o réu apresentou embargos de divergência, uma espécie de recurso interno e possível de ser interposto quando a decisão atacada contraria entendimento de outro colegiado do tribunal sobre o mesmo tema. O caso será relatado pelo ministro Marco Buzzi.

Após a apreciação do relator, o processo poderá ser novamente julgado – e dessa vez, pelos dez ministros que compõem a Segunda Seção do STJ, de direito privado. O caso havia sido julgado pela Terceira Turma, de direito de família, a qual, juntamente com a Quarta Turma, compõe a Segunda Seção.


A decisão de abril

O caso em questão foi julgado improcedente na primeira instância judicial, tendo o juiz entendido que o distanciamento se deveu ao comportamento agressivo da mãe em relação ao pai. A autora recorreu, e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reformou a sentença, reconhecendo o abandono afetivo e afirmando que o pai era “abastado e próspero”. Na ocasião, o TJ-SP condenou o pai a pagar o valor de R$ 415 mil como indenização à filha.

Foi a vez de o pai recorrer da decisão, afirmando que a condenação violava diversos dispositivos do Código Civil e divergia de outras decisões do tribunal. Ele afirmava ainda não ter abandonado a filha. Ao julgar o caso, o STJ admitiu a condenação por abandono afetivo como um dano moral e estipulou indenização em R$ 200 mil – os ministros mantiveram o entendimento, mas consideraram o valor fixado pelo TJ-SP elevado.

Para a ministra Nancy Andrighi, “não existem restrições legais à aplicação das regras relativas à responsabilidade civil e o consequente dever de indenizar/compensar, no direito de família”. Ainda segundo ela, a interpretação técnica e sistemática do Código Civil e da Constituição Federal apontam que o tema dos danos morais é tratado de forma ampla e irrestrita, regulando inclusive “os intrincados meandros das relações familiares”.

Em sua decisão, a ministra ressaltou ainda que a filha superou as dificuldades sentimentais ocasionadas pelo tratamento como “filha de segunda classe”, sem que fossem oferecidas as mesmas condições de desenvolvimento dadas aos outros filhos, mas os sentimentos de mágoa e tristeza causados pela negligência paterna perduraram.


Após decisão, filha se disse “aliviada”

Com a decisão do STJ, a professora Luciane Alves de Oliveira Souza, 38, disse ter ficado aliviada. Ela mora em Votorantim (100 km de São Paulo) e falou pela primeira vez sobre o caso no último dia 4 de maio. “Eu me sinto feliz com o resultado, isso mostra que existe justiça. Não é pelo dinheiro e sim pelo sofrimento que passei durante toda a minha vida”, disse Luciane. Ela entrou com o processo em 2000, perdeu em primeira instância, mas o advogado continuou recorrendo.

“Eu luto até o último momento, e tenho certeza de que esse resultado é um exemplo de que a Justiça no país está mais humanizada”, afirmou o advogado João Lyra Netto, que representa a professora.

Luciane disse que tentou por várias vezes uma aproximação com o pai, o empresário Antônio Carlos Jamas dos Santos, mas ele nunca se mostrou receptivo. “Já fui à porta da casa dele e nunca me trataram bem”, disse. “Enquanto os outros filhos dele comiam bife em casa eu comia polenta”, diz a mulher, que disse ter passado por dificuldades financeiras ao lado da mãe.

Notícia publicada no Portal UOL, em 5 de junho de 2012.


Cristiano Carvalho Assis* comenta

Não estamos aqui para julgar a atitude de ninguém. Todos têm a liberdade para agirem da maneira que desejam e se estiverem errados colherão as naturais consequências das suas atitudes e Deus oferecerá as oportunidades para repará-las. Nesta situação, não temos capacidade para compreender todos os lados da questão. O importante é tentarmos analisar as causas que estão na origem de muitas situações similares.

Quantas coisas realizamos em nossas vidas em que o objetivo real não era bem aquilo que acabamos por fazer. Vemos na atitude desta filha que a sua vontade não é tirar dinheiro do seu pai, já que viveu sua vida inteira sem ele. Mas observamos que a maior razão para isso é ter, mesmo que na justiça, um tipo de atenção que seu pai nunca lhe deu. Vemos pelo Brasil todo esse problema de pais sem assumir seus filhos e o quanto isso afeta a estrutura psicológica de uma pessoa a vida toda. A mágoa de sentir a rejeição continuará até que a pessoa consiga perdoar. Espiritualmente sabemos que nada é por acaso, e que tanto a rejeição do pai quanto a passagem da filha por essa situação eram fatos que poderiam acontecer. Temos que ter cuidado em não afirmar que estavam programados, já que nada em desequilíbrio foi programado para nós. Nossa programação sempre é feita para o progresso de cada um, mas temos a possibilidade de não conseguirmos êxito pelas escolhas que fazemos.

Através do conhecimento da Doutrina Espírita, sabemos que muitos desses casos não se iniciaram agora. Em existências passadas, a filha pode ter feito o mesmo com o pai ou os dois terem algum tipo de inimizade anterior e, mesmo não se lembrando do fato, o sentimento de aversão continua, alimentando as atitudes desequilibradas. Não podemos ainda ficar apenas nas causas. Elas são apenas o primeiro passo de todo processo de crescimento espiritual. Depois de descobri-las precisamos encontrar uma forma de reformularmos os nossos pensamentos e atitudes para que consigamos que o relacionamento de inimizade se transforme. Caso contrário, sabermos as causas só trará maior responsabilidade pelos nossos erros. Não devemos, no entanto, justificar as nossas atitudes equivocadas por algo que nos fizeram ou que deixaram de fazer, nesta ou em outra vida. Quantas vezes as pessoas justificam a sua raiva, indignação, ódio, decepção ou discussões e brigas com outra pessoa através de uma lista de todos os defeitos ou daquilo que essas pessoas fizeram?

E o mais interessante disso, como no caso em questão, os personagens de um conflito terão justificativas plausíveis para mostrar por que agiram desta maneira. E nós, leitores, dependendo daquele com quem mais nos identificamos, achamos válidas as razões para alimentar a nossa defesa. No entanto, devemos começar a compreender que a harmonização é objetivo principal de nossas vidas e ficaremos cada vez mais distantes dela se não abrirmos mão, nem que seja um pouco, de nossos direitos e da nossa justiça. O outro realmente nos agrediu, errou, magoou, nos rejeitou, roubou, é chato, orgulhoso, invejoso e tudo mais que listemos deles. Se formos à busca de um juiz, ele sem dúvida nos dará ganho de causa. Mas precisamos compreender que só teremos paz de espírito, felicidade e cada vez mais harmonia com os outros se renunciarmos, conscientemente, de boa vontade e sem obrigação, mas por amor e caridade, os nossos direitos. Caso contrário, não precisamos ir muito longe para descobrir as consequências, pois é o que temos quase como regra na humanidade atual, geramos mágoas, raiva, impaciência, ansiedade, amargura e inimizades.

A nossa sensibilidade para nos sentirmos ofendidos tem crescido consideravelmente. Cada vez mais, pequenas coisas têm sido interpretadas como enormes. É o carro que nos corta no trânsito, é nosso filho que tira as coisas do lugar, é o tempo que não está como gostaríamos e tantos outros exemplos. Se não conseguimos perdoar nas pequenas coisas, imagine nas grandes, como o caso da reportagem. Quanto mais quisermos defender o nosso orgulho ferido, menor a possibilidade de perdoarmos, termos paz e acabarmos com as mágoas de nossos corações. Não é por acaso que os Espíritos Superiores, em “Evangelho Segundo o Espiritismo”, Capítulo IX, Item 7, nos dizem: “A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência”.

Enquanto não tivermos renúncia e sacrifícios de nós mesmos, não conquistaremos a nossa felicidade plena e casos como esse se repetirão pela vida até que o primeiro consiga realizar esse trabalho.

* Cristiano Carvalho Assis é formado em Odontologia. Nasceu em Brasília/DF e reside atualmente em São Luís/MA. Na área espírita, é trabalhador do Centro Espírita Maranhense e colaborador do Serviço de Atendimento Fraterno do Espiritismo.net.

domingo, 26 de agosto de 2012

Pergunta Feita

Porque Deus nos deu o Livre-arbítrio sabendo que com ele iriamos para perdição?
A Doutrina Espírita ensina que o Espírito é criado simples e ignorante. Deus é o Criador, que cria incessantemente espíritos destinados à perfeição. Assim, o espírito sai das mãos do Criador potencialmente perfeito, ou perfectível, e começa uma série de experiências ligado à matéria. Vai aprendendo com o esforço próprio, cada qual colhendo os resultados das próprias experiências, e assim formando sua própria personalidade. Deus é apenas justo e Misericordioso; nós os seres por Ele criados, é que muitas vezes transgredimos Suas leis e por isso mesmo, somos forçados a sofrer as consequências dessas transgressões. Entramos assim na Lei da Ação e Reação, que funciona também no campo físico, como na terceira lei de Newton: "A toda ação corresponde uma reação de igual intensidade e direção, mas em sentido contrário." No plano moral, ou espiritual, a Lei de Causa e Efeito pode ser enunciada de forma essencialmente evangélica: "É livre a semeadura, porém obrigatória a colheita." A Lei de Ação e Reação, ou Carma, ensina que somos herdeiros de nós mesmos. Não há injustiça do Criador. Somos responsáveis pelo nosso sofrimento ou pela nossa felicidade. A causa de nossa infelicidade ou de nossa felicidade deve ser buscada dentro de nós, e não fora. Os outros não são responsáveis pelo nosso destino. Procuremos em nós mesmos as causas e se não as encontrarmos na vida presente, sem dúvida ela estão radicadas em vidas anteriores, em outras encarnações. Aquele que hoje sofre sem causa aparente está com certeza, resgatando uma ação do passado em que fez alguém sofrer com a mesma intensidade com que está sofrendo hoje. A Pedagogia Divina nos ensina, pela experiência, A sofrer em nós o mal que infligimos a outrem. Assim com as reencarnações sucessivas, vamos aprendendo que só devemos fazer o bem, pois o mal cometido contra alguém, um dia retornará contra nós mesmos, causando a mesma dor que a vítima do passado sentiu.